Palmeiras acerta com a demissão de Baptista

(Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

Há quatro meses, no dia cinco de janeiro, Eduardo Baptista era apresentado como treinador do Palmeiras para a temporada de 2017. Foram cerca de 120 dias de trabalho, 23 partidas e cinco derrotas, tempo suficiente para que as críticas e a sombra de Cuca, campeão brasileiro no ano passado, assombrassem o dia a dia de Eduardo.

A pressão sobre o jovem treinador era clara. No jogo depois de toda aquela confusão contra o Peñarol, Baptista extravasou, bradou aos quatro ventos em alto em bom som que ele trabalhava muito e era homem. Ficou bravo porque Juca Kfouri disse que ele era um treinador maleável… enfim, entre os que são contra a demissão do treinador, os argumentos maiores são de que ele precisava de mais tempo. Oi? Mais tempo? Não concordo.

O Palmeiras de Eduardo Baptista era muito vulnerável, sofria constantemente com os apagões nos jogos fora de casa. O time não tinha escalação definida, não tinha esquema de jogo, nada. Alternava partidas brilhantes, com outras medíocres, em que os jogadores não trabalhavam a posse de bola, abusavam de chutões, erravam muitos passes (só pra relembrar, contra o Jorge Wilstermann a atuação da equipe foi pífia).

Dentre as razões dadas pelo presidente Maurício Galiotte para a demissão estão o fato do time oscilar muito e o baixo desempenho dentro de campo.

Claro que Cuca é o favorito, mas vamos à real situação. Quando Cuca disse que desejava sair para resolver questões pessoais, o Palmeiras não fez nenhum esforço para que o treinador ficasse. Talvez o motivo seja a difícil personalidade do técnico, que já se desentendeu com alguns atletas do elenco alviverde, inclusive com o ex-presidente Paulo Nobre. Galiotte diz que não sabe de nada sobre esse assunto… Até Alexandre Mattos já disse tempos atrás que Cuca é uma pessoa difícil para se trabalhar. De qualquer forma, ele será convidado. Vamos aguardar, se bem que o Verdão já deu um belo passo para melhorar as coisas.

8 comentários

  1. Olá, Michelle.

    Desta vez não concordo totalmente com sua opinião. Pergunto se o presidente teria esse mesmo discurso se a SE Palmeiras tivesse ganho na Bolívia. Ele teria sido demitido da mesma forma? Ou esperaria a próxima derrota? Aliás, o próprio presidente garantiu o treinador após eliminação no Paulista. Até concordo com você quando lista os motivos para a saída do Batista (eu inclusiva não era nem a favor da vinda dele), mas a forma como isso foi feito é, para mim, vergonhosa, desleal e até desumana.

    Grande beijo

  2. Michelle concordo com você, vários comentaristas criticavam o Eduardo B. que ele não dava patrão de jogo ao Palmeiras ai quando ele é demitido, vem defender e criticar a diretoria do Palmeiras, não dar pra entender.

  3. Eduardo Batista é um o ótimo técnico, para equipes pequenas, ainda não possui bagagem para ser treinador de equipes grandes. Muito difícil comandar uma equipe como o Palmeiras, onde existe jogadores de peso e que se julgam acima da média. Todos querem jogar. O Felipe Melo é um jogador de grupo, pessoa autentica , fala de improviso , nada de ficar imitando, só que muitas vezes falando a verdade é penalizado. A mídia fica procurando uma pequena falha para desenvolver um tema . O Alexandre precisa de cuidar só da sua área , deixar de intrometer em outra repartição, se todos se unirem quem ganha é o Palmeiras.

  4. Querida Michele;;
    Em poucas palavras, vc resumiu o entendimento de milhões de palmerenses.
    Parabéns, como de costume, mostrou que conhece muito de futebol.

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