5 a 1: uma banana com casca e tudo neles

Foto: Anne-Christine POUJOULAT / AFP

Quer dizer, então, que tá fechado? O time da Copa é esse mesmo que começou goleando a Tunísia, no último amistoso do Brasil, em Paris?

Aquele outro, contra Gana, com um meia-armador no lugar do segundo volante, pelo jeito, é o tal Plano B. Mesmo porque esse só foi experimentado agora, nessa turnê.

Aliás, dizem alguns sábios que a Lei do Escorpião muitas vezes supera o Processo da Evolução da Espécie Humana.

Sucede que, no caso, não chega nem perto do suicídio, tampouco de retrocesso. Na verdade, houve um avanço significativo na presença em campo de jogadores do meio de campo pra frente maios hábeis e inventivos do que seus predecessores.

Não que Gana e Tunísia fossem adversários de realmente colocar à prova a capacidade tupiniquim. Apenas que o Brasil conseguiu desenvolver, sobretudo nos primeiros tempos, quando definiu logo o placar, um jogo associado muito interessante e incisivo, mesmo com algumas mudanças no time. O oposto daquele futebol modorrento, embora vitorioso, que precedeu essa mudança de estilo, que, aliás, cria espanto e desconfiança na moçada da mídia, refém daquele jogo retrancado e sem inspiração que assola nossos campos há mais de vinte anos.

Positiva também foi a confirmação de Raphinha. autor de dois gols dos 5 a 1 – uma imensa banana com casca e tudo nos tunisianos, esses avatares loiros e de olhos azuis.

Assim como a estreia de Pedro, tão aclamado por aqui, que entrou no segundo tempo e foi logo marcando o seu.

A propósito, como bem disse meu querido Tite, de todos os centroavantes convocados e os que estão na espera, feito Gabriel Jesus, Pedro é o diferenciado – o centroavante típico e implacável na área, sem, contudo, ser o grosso habitual dessa posição. Não só é artilheiro nato que faz bem a parede na área inimiga, como sabe tratar com capricho a bichinha.

Pena que Gabigol não soube aproveitar bem suas chances quando chamado, já que completaria muito bem, numa eventualidade. o trio rubro-negro, com Pedro e Everton Ribeiro.

O fato é que, acompanhando essa Copa das Nações Europeias, fica evidente que o Brasil vai ao Qatar cheio de possibilidades, ao contrário da anterior.

 

 

 

 

2 comentários

  1. Meu caro Helena Jr. Deus te proteja, após Ter te dado essas lunetas verde-amarelo, e te desejo também que teu sonho se realize. Meus pesadelos eu espero não viver desta vez, mas acredito que o Brasilzinho continua despreparado para ganhar uma Copa novamente.
    Há alguns dias um jornalista espanhol foi mal compreendido ao dizer que o Vini Jr. deveria para de apresentar como um macaco ao comemorar um golzinho contra um time meia boca (como a maioria dos times que o Brasil enfrentou nos últimos anos). Todo mundo viu racismo nesta comparação do comentarista. Errado, racismo é algo diferente. O que o espanhol tentou explicar é o que muitos europeus assistem quando o Vini Jr. realmente se articula como um silvícola, ou o Neymar espicha a língua para fora como o retardado mental, ou alguns outros dançam no canto do gramado os passos primitivos dos africanos do tempo da colonização nos campos de macumba. Isto tudo pode parecer engraçado no Brasil e na África, na Europa entretanto denota atraso social. Jogador de futebol em princípio nunca foi inundado por massa encefálica, do contrário seriam médicos, professores universitários, engenheiros e não dançarinos de canto de gramado. O que irrita com toda razão a imprensa internacional e européia é o fato de o Brasil ter jogadores especializados em dança de terreiro de macumba em beira de gramado, quando na verdade eles não jogam como pai de santos, com energias superiores. Eles apenas aproveitam a inferioridade das Tunísias da vida (ou Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, que tudo dá no mesmo) e acreditam que resolveram o dilema de Tite.
    Não resolveram nada e quando o bicho-papão (Inglaterra, Alemanha, Espanha e até os irmãos portugueses) chegar, a palhaçada de beira de campo vai ficar esquisita na comemoração de gols solitários. Naturalmente a palhaçada óptica do Neymar ou do Vini é um detalhe, mas um detalhe que indica que o Brasil não está preparado para comemorar grandes vitórias, pois todos esgotam a capacidade de comemorar em festinhas de aniversário de crianças. Neste ponto o jornalista espanhol disse que o muitos europeus pensam, sem que isto signifique racismo (longe de mim também propagar racismo), porém respeito a um público que não vai ao estádio para ver palhaçadas de canto de gramado, porém futebol sério.
    Mais uma vitória contra um timinho meia-boca não significa nem de longe que o Brasil está saindo do deserto, porém que está apenas conseguindo chegar ao deserto do Qatar e lá não haverá muito espaço para palhaçadas comemorativas, porém muito suor contra “times grandes”.
    Nossa chance no Qatar é de poucas macaquices ou de língua espichada para fora, a língua do Neymar vai se espichar muito mais de correr atrás da bola no calor da realidade.

  2. PS: No calor do detalhe esqueci de complementar: Absolutamente correta tua observacao sobre o Raphinha, que deverá ter um posto fixo neste time, Entretanto o Gabigol (além do apelido de circo e da tendência a pular na beira do gramado imitando um gorila) não tem apresentado muito futebol nem mesmo no Flamengo. Por isso ele vai com certeza ficar em casa e assistir pela televisão, o que é no momento a melhor contribuição dele para o Brasil.
    Saudações amigas, MEMIL

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