Numa certa manhã, às vésperas do início do Brasileirão, San Gennaro reuniu-se na Igreja e Acheropita, marco tradicional do velho Bixiga, com a Madonna Nera e cochicharam algo inaudível, embora alguém diga que ouviu qualquer coisa parecida como “Palestra…”.

E há quem jure as santas figuras tramavam uma graça: fechar o corpo do Plestra-Palmeiras, ungindo-o campeão antes mesmo de a bola rolar no gramado.

Imaginação ou fato, é o que parece. Afinal, mesmo destroçado por lesões e suspensões, o Verdão entrou no Mineirão diante do Galo, aquele que, segundo o bom senso, dividiria com o Flamengo a primazia de disputar com o campeão da Libertadores o título nacional.

Era jogo pro Galo se redimir da má fase que vive no torneiro, entre outras coisas, porque Hulk estava de volta ao time. E olhe que Hulk jogou muito no primeiro tempo, quando meteu bola no travessão e outros babados. Mas, o Verdão, sacumé, nesse negócio de defender sua meta é mestre.

Sobretudo por conta do espírito solidário e decisivo na hora de disputar a bola com o adversário.

E assim foi: o Galo cercando a área verde, metendo a segunda bola na trave, Hulk obstado no momento do chute fatal, Sasha chegando atrasado no cruzamento perigoso, Keno, junto ao poste tocando pra fora e tal e cousa e lousa e maripousa.

Até que no raiar do segundo tempo, aos 5 minutos, o beque Murilo desvia para as redes carijós um disparo de Scarpa cujo destino seria a linha de fundo.

Assim, o Verdão não apenas se distancia ainda mais na liderança, ao mesmo tempo em que abala não apenas o seu oponente desta noite de quarta como outro favorito do início do torneio, o Flamengo que sofreu uma revirada do Fortaleza, no Recife, por 3 a 2.

Cá entre nós, não dá pra desconfiar da veracidade daquele santo cochicho?