Enquanto o Galo segue imbatível ao bater o Flu por 2 a 1, de virada, mais uma vez graças a Hulk, autor dos dois gols, o Timão passa pelo Furacão, apertado:1 a 0, gol de Fábio Santos cobrando pênalti (humm…) – bola no braço de apoio do zagueiro.

Apertado, digo, no placar, porque, bola rolando, o domínio alvinegro foi pleno.

O diabo era criar chances de gol tão claras como aquele disparo de Jô no poste do CAP, aos 34 do primeiro tempo.

Sob o comando lúcido de Renato Augusto (que prazer ver em campo um meia-armador com tal discernimento nos passes e na colocação em campo!), o Timão controlou a bola, a dinâmica e o sentido do jogo. Mas, chance que é bom, quase nada.

Falha do próprio time? Ou melhor seria atribuir à retranca feroz e bem armada por Alberto Valentim, o técnico adversário? Digamos que setenta por cento para a retranca contra trinta do ataque corintiano. Pelo menos, em geral, é assim.

De qualquer forma, o Timão continua galgando degraus de ouro neste Brasileirão, de olho na próxima Libertadores.

Já o Galo, a cada rodada, coloca mais um dedo na taça nacional.

E, aqui, nunca é demais salientar a figura assombrosa de Hulk, que desembarcou outro dia no terreiro do Galo e transfigurou a face de seu time, como se, com seus braços musculosos, simplesmente jogasse o Atlético a alturas inalcançáveis.

Ah, sim. Ainda não deu pra torcida atleticana celebrar a conquista do Brasileirão. Afinal, na ponta do lápis (ops, na tecla do celular), o Flamengo ainda tem uma pontinha quase imperceptível de fazer-lhe sombra.

Mas, cá entre nós, o que se pode esperar desse Fla derruído pela perda Libertadores para o Palmeiras e sob fogo cerrado da mídia e da torcida rubro-negra contra o técnico Renato, a diretoria e os jogadores?

Se o Urubu, nessas circunstâncias, conseguir ainda alçar voos, isso terá sido milagre de São Jorge, não duvide.