O imponderável na conquista épica do Verdão

Eis, então, que, aos 2 minutos da prorrogação, o imponderável, esse craque tantas vezes decisivo em jogos assim, entrou em campo pra entregar a Taça da Libertadores, pela segunda vez seguida, ao Palmeiras.

Foi assim, ó: Andreas Pereira, tão badalado volante do Fla, recebe a bola à entrada de sua área e, quando tenta atrasá-la para o seu goleiro, vacila e permite a Deyverson, tão criticado avante verde, tomar-lhe a bichinha e mandá-la às redes de Diego Alves: 2 a 1 e papo encerrado.

Sim, porque, pela segunda vez ao longo de toda a partida, caiu a sopa no mel do Verdão. Isto é: o jogo se acomodou ao jeitinho que o Palmeiras de Abel gosta – o adversário, angustiado, tentando atacar, e o Palmeiras lá atrás, com determinação e organização tática, segurando as pontas. Isso começou logo aos 6 minutos de bola rolando, quando Veiga fuzilou um esperto cruzamento de Mayke.

Bem que o Fla poderia até ter virado o placar, evitando a prorrogação, depois de Gabigol disparar pela esquerda e acertar aquele tiro rasante no canto de Weverton, empatando o jogo, aos 29 do segundo tempo. O mesmo Weverton que estava lá para salvar aquela outra conclusão, cara a cara, de Arrascaeta, no final do primeiro tempo.

E a decisão, pois, foi para a prorrogação, onde tudo se definiu, graças à entrega bem ordenada do Palmeiras diante da incapacidade rubro-negra de furar a barreira verde, justamente por insistir nos  avanços pelo meio congestionado do adversário.,

Vitória histórica do Palmeiras, merecida, entre outras coisas por ter sido limpa, não justificando, pois, eventuais reclamações do perdedor e porque fecha a temporada verde com uma conquista épica: o bi da Libertadores

 

8 comentários

  1. Temos que concordar contigo senhor Alberto Helena Jr. O Abel Ferreira foi (acho que ainda vai ser) triturado por alguns colegas teus, como treinador linguarudo, destemperado, retranqueiro. Como se diria em Portugal: Olha raios, o que é o futebol senão ganhar títulos? O Abel Ferreira é um artesão construtor de títulos, tudo onde ele coloca os dedos vira ouro. Este Bicampeonato tem até um gostinho ainda mais saboroso que o título de janeiro, pois em janeiro o Palmeiras era favorito contra um Santos meio esfarrapado, agora ganhou contra o grande (pelo menos no tamanho da língua de alguns torcedores e jornalistas adeptos do urubú fedorento) Flamengo. Pena que dificilmente o Palmeiras vai conseguir segurar o Abel Ferreira, um treinador que consegue esmerilhar títulos até com time misto.
    E tenho dito (oppps, lol), Cumprimentos Verdes!!!

  2. Helena bom dia, nome não ganha jogo, nessas finais de títulos, ganha quem erra menos, e o Flamengo errou por duas vezes, foi fatal, no primeiro gol, erro de marcação, no segundo, um descuido do volante

  3. E o Flamengo como fica, fica sem Libertadores e sem Brasileirão para queimar a língua da mídia flamenguista, vai ter que bater palmas aos campeoes, mais conhecidos com Porco e Galo

    1. Bem, pelo menos esse ano não faltou entrega ao Flamengo: entregou a Copa do Brasil, entregou a Libertadores e está entregando o Brasileirão hehehe

      1. Então Bigode, boa piada. Sei que você é flamenguista mas parece estar tomando a surra na esportiva. Sinceramente, acho que se o Flamengo tivesse ganho esta Libertadores teria merecido também. Tudo foi decidido em um erro do arqueiro verde, e dois erros da tropa rubro-negra. É pena que torneios assim importantes tenham que ser decididos num erro de segundos. Ambos os times (ao lado do Atlético, os únicos times jogando futebol no Brasil atualmente) perderam jogadores para o covid, para a seleção, além de jogarem em três torneios ao mesmo tempo. O Palmeiras ganhou graças a um treinador de QI diferenciado, que soube atirar ao mar o peso morto da Copa Brasil e do Brasileirão e se concentrar na Libertadores. O Flamengo jogou bem em todos os três torneios, mas acabou se desgastando e tropeçando quando não podia tropeçar. O Palmeiras escolheu onde tropeçar. Este é o drama brasileiro, e também o motivo pelo qual o Abel Ferreira está deixando o Palmeiras, mesmo tendo ganho duas Libertadores e uma Copa Brasil em um ano.

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