O Flamengo, com seu time reserva, empatou com o rabeira Grêmio, em Porto Alegre, por 2 a 2. O Palmeiras, também com seu time reserva, empatou em casa com o Galo, líder absoluto do Brasileirão, pelo mesmo placar.
O que isso quer dizer?
Quer dizer que os reservas do Verdão são mais habilitados do que os do Mengão. Isso, porém, pouco diz a respeito do grande confronto de sábado, na decisão pela Libertadores, pois ambos entrarão em campo com força máxima, e aqui, meramente na análise técnica, o Fla leva vantagem de antemão.
Mas, num embate desse porte, ao lado da questão técnica entra também em campo o emocional. E, neste aspecto, os empates desta noite de terça favorecem mais ao Palmeiras do que ao Flamengo, embora este mantenha uma réstia de esperança na briga pelo título nacional, enquanto a turma de verde já acena com o lenço branco da despedida.
Contudo, quem explorou ao máximo sua força emocional, no fim das contas, foi o Grêmio, que vestiu seu manto de Imortal e conseguiu empatar um jogo perdido, com um jogador a menos.
Já o Galo anda repetindo atuações típicas de quem está tomado pela ansiedade de meter logo a mão na taça, depois de meio século de espera.
Com uma brava exceção: Hulk, o craque que fez o Galo cantar mais alto e subir ao poleiro superior assim, ó, de repente.
O bicho não tem ansiedade, muito menos medo de arriscar jogadas pessoais, dribles e sucessão de tiros fatais, como o que desferiu aos 16 do segundo tempo, empatando o jogo com o Verdão. Sem falar naquela cabeçada em que a bola se chocou com o poste de um Jaílson batido.
Qualquer que seja o desfecho desse campeonato, Hulk, por certo, já levou a taça de carque do torneio.
Esperar que o Flamengo ainda tenha alguma chance de ser campeão brasileiro é a mesma coisa que um naufrago puxar o proprio cabelo na tentativa de se salvar . Sem chances, o Atlético Mineiro vai ser o campeão brasileiro e com muitos méritos. Sobre a final da Libertadores, eu tenho um palpite. Acho que o Abel vai estar se despedindo do verdão nesse jogo, porque é um treinador medroso e se começar o jogo só se defendendo contra o mengão, vai tomar uma tremenda pressão inicial e, se o Fla marcar o primeiro gol, o Palmeiras não terá forças para reagir e ai a vaca ( ou o porco?) vai pro brejo, e o portuga não vai resistir a tremenda pressão da torcida, que vai pedir sua cabeça. Só vai restar a ele e sua comissão pegar o chapéu e voar de volta para a velha Terrinha e apreciar os bons vinhos que lá tem e degustar uma bacalhoada a moda portuguesa, que é uma delícia…
Então bigodinho? Como foi? O Palmeiras jogou como sempre, acordado na própria defesa e pegando o adversário dormindo no contra-ataque. Não considero o Abel medroso, ele tem apenas uma filosofia de jogo moderno como contra-ataques envenenados. Futebol do tempo do Garrincha não o que se jogo muito, hoje os melhores clubes europeus jogam muitas vezes assim também. E este é o motivo pelo qual o Palmeiras dificilmente vai conseguir segurar o Abel. Agora é a hora de tirar o chapéu para ele e aplaudir. Ganhar títulos também é uma filosofia de jogo que a torcida gosta.