Nesse Brasil e Argentina da Libertadores desta terça-feira, os “selvagens”, no dizer do presidente hermano, levaram a melhor: à tarde, o Galo, na cobrança de pênaltis, passou pelo Boca; e, à noite, o São Paulo, lá, passou por cima do Racing, com 3 a 1 no tempo normal de jogo.

Isso, sobretudo, graças a quatro de seus jogadores: Miranda, que estabilizou o sistema defensivo tricolor, contribuindo ainda na saída de bola para o gol de abertura do placar, Benitez; o precioso distribuidor de bolas ao ataque, e, lá na frente, Rigoni e Marquinhos, autores dos gols de seu time.

Bem, que Miranda sabe dar esse tipo de contribuição não é novidade alguma. Tampouco, que Benitez, quando livre de lesões, é um excelente armador, assim como Rigoni já deu sinais claros de que foi uma grata contratação, com seus gols e assistências desde a estreia.

A grande novidade foi, isso, sim, Marquinhos, um menino de 18 anos, nascido e criado em Cotia, que deu passe preciso para Rigoni abrir o placar, aos 44 do primeiro tempo, marcou o segundo, aos 3 minutos da segunda etapa, e, aos 12, serviu Rigoni de bandeja, no terceiro.

Veloz, incisivo, suficientemente técnico para a função, se repetir essa atuação nos próximos jogos, o São Paulo poderá guardar seu rico dinheirinho destinado à eventual contratação de Calleri.

No plano geral da partida, o São Paulo esteve melhor do que o Racing até às substituições promovidas por Crespo no segundo período, todas elas voltadas no sentido de preservar a vantagem obtida, a partir da saída de Benitez, substituído por Luan, um volante mais defensivo, sem falar na troca do centroavante Marquinhos pela lateral-esquerdo Reinaldo.

Mas, apesar do gol de Correa, o Tricolor conseguiu resistir ao assédio final dos argentinos, e segue em frente na Libertadores, com boas perspectivas, caso a escalação inicial de Crespo se fixe de vez.