O título lá de cima, o amigo percebeu, é uma paródia da antológica canção brasileira Noite Cheia de Estrelas. Estrelas? Nem mesmo o Cruzeiro do Sul, que costuma iluminar nossos céus, deu as caras por essa Libertadores afora.

Resumindo: todos os brasileiros em ação nesta noite de terça perderam para argentinos, bolivianos e colombianos.

A pior das derrotas foi a do Peixe, que sucumbiu à altitude de La Paz, ao ser batido pelo Strongest por 2 a 1, com um lance de brilho apenas – o tirombaço de Jonathan, no gol solitário dos caiçaras. Isso porque está praticamente fora da próxima fase do torneio.

E a derrota mais contundente, pelo placar exuberante de 4 a 3 para o Defensa Y Justicia, no duro, não fez cosquinhas no Palmeiras já classificado.

Contudo, o mais curioso nem foi o fato de o Verdão jogar com seu time misto, pois isso já virou rotina no Parque. Foi, sim, a constatação de que os quatro gols dos argentinos foram marcados nas cercanias ou dentro da pequena área verde, guarnecida por três zagueiros sem contar o resto da defesa.

Já o Fluminense que estava a um passo da classificação em pleno Maracanã teve que adiar seus passos ao perder para o Junior de Barranquilla, além de ter quebrada sua invencibilidade na competição: 2 a 1.

O mesmo ocorreu com o São Paulo, no Morumbi diante do Racing.

Ah, mas o Tricolor jogou com um time reserva, de olho nas finais do Paulistinha diante do Palmeiras. É verdade, mas o Racing também entrou com um time recheado de reservas.

O único gol da partida foi marcado por Novillo, aos 28 de bola rolando, o suficiente para o Racing entregar a bola ao Tricolor e ficar por ali esperando o apito final. Enquanto isso, o São Paulo se esfalfava em busca do golzinho, salvador, em vão. Basta dizer que teve 70 por cento de posse de bola, mas apenas umas três chances críticas de gol, desperdiçadas ou conjuradas pelos adversários.

Bem, já que o céu desta terça está assim nublado, sugiro passar um zíper neste assunto, botar na vitrola o vinil  (tá na moda) com o imortal Gardel cantando o tango En una noche triste, e depois dormir, sonhando com futuras redenções.