O Peñarol já há muito tempo não é aquele poderoso Campeão do Século (passado) da Libertadores. Mas, o time atual, mesmo jogando em casa, não chega a ser tão poderoso pra meter o Corinthians na roda e impingir-lhe essa goleada de 4 a 0, como ocorreu nesta noite de quinta, pela Sul-Americana.

O Timão, sim, que entregou a rapadura desde o início, ao optar por um time misto, preservando-se para o Paulistinha. Desfez-se do sistema com três zagueiros, que havia dado certo, sobretudo pelas presenças dos beques Jemerson e o menino Raúl, armou um meio campo frágil e um ataque cujo epicentro, Jô, não consegue jogar bem desde que voltou a Itaquera.

Resultado: os uruguaios dominaram a partida de cabo a rabo, com o garoto Álvarez se  divertindo diante da meta de Cássio com três gols assinalados (o outro foi de Canóbio – diz-se Canôbio, que o acento agudo, em espanhol, fecha, não abre como no português).

O fato é que a única jogada de perigo real criada pelo Corinthians foi aquele chute extemporâneo de Roni que se chocou com o travessão, no final do primeiro tempo.

A propósito, não entendo essa escolha do Timão pelo Paulistinha em vez da Sul-Americana. Que o São Paulo o faça, pois não levanta um título há mais de década, compreende-se. Mas, o Timão? Aquele que ainda outro dia sagrou-se tricampeão paulista?

Quem, por outro lado, cumpriu noite gloriosa foi o Galo, que, em meio à turbulência vivida pela Colômbia nos últimos dias, varou o gás lacrimogêneo que invadiu o gramado vindo das manifestações de fora do estádio, e tudo mais para meter 3 a 1 no América de Cali, garantindo sua classificação para a próxima fase da Libertadores.

Com Hulk, de centroavante, fazendo gol a cada jogo e Tardelli entrando no segundo tempo, o Galo vai ganhando feições de campeão novamente.