E as otoridades liberaram a bola que voltará a rolar nos campos do Paulistinha a partir deste fim de semana. Esse mesmo Paulistinha, entrave maior do absurdo calendário brasileiro, que já deveria ter sido extinto ou reduzido a um mês de disputa, no máximo, muito antes da pandemia.

Com a devastação do vírus maldito neste país de insanos, então, nem se fala!

Mas, siga o dinheiro, já aconselhavam os velhos detetives dos romances policiais. Esse é o caminho para encontrar essa turba de genocidas que guiam nossos passos. No fim das contas, trata-se sempre do vil metal.

No rastro dele, estão essas inúteis federações estaduais, sanguessugas do futebol, pois enchem seus cofres a custa dos clubes, em troca das esmolas da escalação de juízes e elaboração de tabelas esdrúxulas dos campeonatos regionais.

Lembro de quando o Campeonato Paulista ainda era o grande evento do futebol da Província, antes do advento do Nacional (hoje, Brasileirão). Pois, a FPF localizava-se ali na avenida Brigadeiro Luís Antonio, num prédio modesto, mais conhecido pela presença no térreo de um restaurante de culinária alemã – o Zillertal.

Eis que, justamente depois que o Campeonato Nacional ganhou vulto e importância maior no cenário brasileiro, a FPF resolveu investir num luxuoso edifício lá pelas bandas da rotatória Carlão Mesquita. Pra quê? Não teria sido melhor gastar essa fortuna toda  dando apoio financeiro aos clubes que já viviam à míngua?

Assim como, neste trágico momento em que vivemos, a FPF em vez de forçar a barra para colocar em risco a vida de jogadores, árbitros, representantes dos clubes e dela mesma, agentes de segurança etc., deveria estar, isso sim, distribuindo sua fortuna entre os clubes, permitindo-lhes fazer uma pré-temporada adequada para eventos mais importantes que aí vêm.

Ah, a vil grana! Siga o dinheiro, amigo, e encontrará o culpado dessa tragédia.