Peixe, beleza! Fla, assim, assim…

Foto: Dolores Ochoa / various sources / AFP

O Peixe subiu o morro, peitou a altitude, essa maldição para quem sai do nível do mar, e voltou com uma inesperada e heroica vitória por 2 a 1 diante da LDU, pela Libertadores.

Graças a quem? Sobretudo, a Soteldo e Marinho, essa dupla de dribladores e finalizadores infernal.

Claro que nenhum dos dois jogou tudo o que sabe, pelas limitações óbvias, ainda mais que são dois craques cujo futebol depende demais da velocidade com que eles costumam desbravar defesas em condições normais.

Mesmo assim bastaram para estabelecer o placar favorável.

Logo aos 8 minutos de bola rolando, depois de um daqueles mini mísseis aleatórios de Marinho, defendido pelo goleiro, Pará disparou pela direita e cruzou para Soteldo, feito um centroavante típico, acertar as redes equatorianas.

O diabo é que a LDU chegou ao empate, aos 47 minutos de bola rolando, num contragolpe mortífero concluído com cabeçada de Julio, depois de defesa de John, outro personagem da partida, em virtude das defesas providenciais que praticou.

E, aos 15 do segundo tempo, Marinho domina à entrada da área, passa por dois e é derrubado pelo terceiro. Pênalti, que ele mesmo cobra com exatidão.

Se bem visto, o Santos tem sido um prodígio nestes tempos de pandemia, que já devastou sua equipe, e de pandemônio administrativo, a ponto de o presidente do clube, mergulhado em dívidas, ter sido afastado do cargo.

Foto: Juan Ignacio RONCORONI / POOL / AFP

Já o Flamengo, de quem se esperava, ao menos, a reprodução do avassalador desempenho ainda outro dia, viajou a Buenos Aires e não foi além de um empate com o Racing, em profunda crise, por 1 a 1, no Estádio Perón, Perón, Perón, como era saudado o histórico caudilho por seus seguidores lá pelos anos 50.

Ah, sim o Flamengo chegou a ter maior índice de posse de bola e em alguns momentos emitiu centelhas dos tempos de Jesus, como, por exemplo, o gol de empate, quando Bruno Henrique e Gabigol deram um aceno aos bons tempos. Isso,e aquele disparo de Bruno Henrique que se chocou com a trave.

Mas, o fato é que os argentinos, quando conseguiam ultrapassar a linha de meio de campo, criaram maior número de chances do que os brasileiros, nas mesmas circunstâncias. Principalmente, na parte final da partida, depois da expulsão do zagueiro Thuler, o que obrigou o Mengo a abdicar de qualquer gesto mais nobre.

De toda forma, não se pode ainda exigir desse time, neste exato momento, muito mais do que naturais oscilações de jogo pra jogo.

O jeito é esperar que todos (ou, pelo menos, o quarteto mágico de frente) estejam nos trinques e que Rodrigo Caio volte em forma pra dar um jeito nessa zaga tão incerta.

 

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