Choque-Rei: ataque ou defesa?

Foto: Arte GE

O clássico deste sábado é o confronto entre o atual campeão brasileiro e o o maior brasileiro campeão do mundo que não ganha nada há uma década.

O Choque-Rei teve dois períodos dourados: a década de 40, quando São Paulo e Palmeiras dividiram todos os títulos paulistas, e nos anos 70, tempos da Academia e de um Tricolor redivivo depois dos amargos anos da construção do Morumbi.

Mas, ultimamente, só dá Verdão, sobretudo depois da gestão Nobre que encheu os cofres do clube permitindo-lhe formar um elenco de excelência, ao contrário do Tricolor, desastroso no mercado da bola e na gestão de seu parco dinheirinho.

Mas, este pode ser o Choque-Rei que dará o salto de qualidade do time do São Paulo tão esperado por sua torcida, exausta de tantas esperanças perdidas.

Isso, porque finalmente estreia seu ataque predileto, com Anthony, Pablo e Pato – um menino de Cotia de muita habilidade e dois dos contratados a peso de ouro para esta temporada.

No entanto, pra que esse ataque possa funcionar devidamente, é preciso que o meio de campo tenha a necessária capacidade de acioná-lo com ciência. E aí cabe saber se Hernanes e Tchê-Tchê têm condições de executar essa tarefa com precisão e frequência.,

Bem, tá na hora de Hernanes responder a todas as expectativas em torno de sua volta ao Tricolor. Se aproveitou esse período de Copa América pra entrar nos trinques, meio caminho terá sido percorrido. Caso contrário, a missão do Palmeiras será facilitada.

Entre outras coisas, porque o seu sistema defensivo é o apanágio de Felipão.

Mesmo porque, como prometeu o treinador o Palmeiras entrará em campo com cinco ou seis alterações em relação ao time que venceu na rodada da Copa do Brasil, no meio de semana,

Isso, porém, não tem sido nenhum problema para o Verdão, pois foi praticando esse rodízio em massa que se sagrou campeão brasileiro. Por duas razões básicas: uma, que o Palmeiras tem um elenco muito equilibrado, num padrão acima dos demais; outra, porque o modelo de jogo de Felipão não exige maiores refinamentos no toque de bola, no jogo em conjunto voltado para o controle da bola e a busca ciente do gol, já que se restringe à defesa e ao contragolpe.

Eis, pois, um clássico que se desenha como tal, se cada um cumprir sua parte.

 

 

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