Ajax e Barça, ali, no toque de bola

Foto: Isabella BONOTTO/AFP

Ah, que prazer é assistir esse Ajax jogar…

Começou tomando um sufoco da Juve, num estádio lotado de piemonteses que lá foram para ver as reinações de Cristiano Ronaldo, escudados na poderosa camisa e seu time e tal e cousa e lousa e maripousa.

Marcando por pressão no campo adversário, a Vecchia Signora dava pinta de que iria esmagar  a mais nova sensação do futebol europeu, um time fadado ao ataque, não à defesa.

Sobretudo, depois do gol de cabeça de CR7, aos 27 minutos, aproveitando cobrança de corner, bem ao seu estilo.

Aliás, acredite o amigo ou não, mas quando saiu o corner murmurei pra mim mesmo: é gol de cabeça de Cristiano. Não deu outra.

Mas, o Ajax soube resistir a esses momentos de supremacia do adversário, e, aos poucos passou a impor seu jogo feito de toques e agudas inserções no campo adversário.

E, aos 34, Van de Beek empatou, colhendo sobra de tiro à meia-distância na área.

Olhe que o Ajax entrara em campo sem Tagliafico, neste momento da temporada, o melhor lateral-esquerdo da Europa, apesar da concorrência de craques como Alba, Alaba, Marcelo e outros tantos. Pera piorar as coisas, perdeu logo de cara seu substituto, machucado, e mesmo assim seguiu atacando no segundo tempo, criando chances, como aquela do Neres na cara do gol, até chegar ao gol da vitória, com De List aproveitando de cabeça escanteio cobrado da direita,  aos 21.

Não satisfeito, o Ajax seguiu assustando a meta juventina até o final.

Assim, os holandeses vão para as semifinais da Liga dos Campeões, da mesma forma que o fez o Barça, ao meter 3 a 0 no Manchester United, com dois gols de Messi (o segundo, frangaço de De Gea – a bola passou pelo meio do goleiro espanhol) e outro, magistral, de Coutinho, bem ao seu jeito – da meia-esquerda, um tiro certeiro de direita no ângulo, em curva.

Agora, amigo, compare as atuações de CR7 em Turim com a de Messi em Barcelona.

É um bom exemplo pra quem costuma fazer essas cotações sobre o melhor do mundo na atualidade.

Se Cristiano continua sendo um aríete na área, também dono de chute certeiro com a esquerda ou com a direita, de fora da área, Messi é o guia, o condutor de praticamente todas as ações ofensivas do seu time, que não são poucas, diga-se. Joga o tempo todo distribuindo dribles e bolas para os companheiros, quando não se infiltra para finalizar com precisão.

Desculpem, mas jogador por jogador, Messi é hoje em dia incomparável. Mesmo porque faz tudo isso e mais: tantos gols quantos os de Cristiano Ronaldo, atualmente apenas um finalizador.

 

2 comentários

  1. O mestre Alberto Helena Jr. , desde os tempos da Parmalat, tem a mesma opinião que eu a respeito do Felipão . Lembro-me que eu postava minha opinião à respeito do Felipão e seu esquema de jogo , na coluna do leitor do Jornal Diario de São Paulo , e poucos dias depois , lia na sua coluna, se não me engano no Jornal da Tarde, praticamente tudo o que eu havia publicado, o que me deixava orgulhoso, por ter a mesma opinião de um mestre do jornalismo esportivo .O tempo passa e o Alberto Helena Jr. continua o jornalista brilhante de sempre , e para o meu prazer com as mesmas idias que temos sobre o Felipão.

  2. É como já dizia, minha velha avó: Macaco velho não mete a mão em cumbuca…….o futebol de hoje não requer muita habilidade, requer mais preparo físico e táticas mirabolantes, quando funciona é uma maravilha, quando não, acontece isto, times considerados imbatíveis dentro de seus próprios domínios, são surpreendidos.quanto ao time do AJAX, é uma delícia ver jogar, sempre se lançando ao ataque, sem blá-blá-blá…..sem esta de que joga feio mais é campeão.E tem jogador aí que diz importante é o título, não importa como se conquista; mentira pois irá para a história a seguinte frase: FOI CAMPEÃO, mas não jogou merda nenhuma.

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