Timão à espera do Pai Jaú

Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

É costume por aqui dizer-se que, para a montagem de um time, o técnico precisa de três meses, no mínimo, entre treinamentos diários e experiências em jogos amistosos ou oficiais.

Já estamos na metade do quarto mês deste ano e o Timão, sob o comando de Carille, não avançou um milímetro do ponto de partida. Pela quarta vez seguida apresentou um jogo deplorável diante da Chapecoense, pela Copa do Brasil.

Não me refiro ao resultado, que isso é circunstancial, mas, sim, à inoperância desse Corinthians que perdeu nesta quarta-feira por 1 a 0, gol de Aylon, aos 33 minutos do primeiro tempo, período em que o Timão não chutou uma única e reles bola a gol da Chape. Valter, por sua vez, substituto de Cássio, praticou três defesas de alto nível.

A propósito, exalta-se por aí a perfeita organização defensiva do Corinthians, herança passada de Mano a Carille, via Tite. Mas, pergunto: que grande poder defensivo é esse, se o goleiro acaba saindo de campo como herói, a exemplo de Cássio em praticamente todas as partidas do Timão, e de Valter, nesta noite de quarta?

Se fosse tão seguro o sistema defensivo corintiano, o goleiro deveria sair de campo com o uniforme impecável. Tá bom: num jogo duro, contra um adversário do mesmo porte, pega duas bolas difíceis, quem sabe. Mas, todo jogo, contra times da dimensão de Ceará, Avenida, Ferroviário etc.?

Ah, mas o Corinthians jogou com seu time reserva. Uma ova! Pois, lá estavam, entre outros, Jadson e Sornoza, os dois armadores oficiais da equipe, mesmo que se alternem de jogo pra jogo. E o que se viu? Um time sem a mínima organização ofensiva, a partir justamente do trabalho falho de ambos.

Mas, coteje o amigo esse time reserva do Corinthians com o da Chape. Jogador por jogador, o alvinegro é muito mais gabaritado.

Sim, claro, o Corinthians, no segundo tempo, melhorou um tantinho assim, ó, sobretudo por conta da entrada de Calyson que agitou um pouco aquele lado esquerdo do seu ataque. Mas, nada que justificasse uma revirada no placar, posto que a Chape, cansada ou vítima da síndrome do medo que toma conta de quase todos os nossos treinadores, recuou e ficou ali cozinhando o galo até o apito final.

Como? Se isso vai refletir de alguma maneira na decisão do Paulista, neste domingo?

Sei lá, pois o Corinthians, sacumé, parece ser conduzido por fios invisíveis. De repente, baixa o Pai Jaú, e tudo muda de figura.

 

7 comentários

  1. Nobre, Helena Júnior, talvez, a fé na força espiritual, a quem o treinador do Corinthians, esteja confiando, para vencer, mesmo sendo massacrado, e estar indo aos trancos e barrancos, seja a explicação, para tanto descaso, com a absurda escalação de 3 volantes ( beques ), como vimos domingo passado. E disso ninguém duvide, pois afinal, em termos de resultado, em relação a título, vem obtendo exito, mesmo escalando mal, enchendo o Time de beques, e consequentemente, tendo que ficar, só atrás, levando porrada, sem conseguir jogar, afinal, só com Clayson, tendo afinidade com a bola, fica praticamente impossível chegar a frente e agredir. Por que não escalar, Matheus Vital, Araos, Pedrinho ? E termos de ver em campo, já na primeira final, além dos 3 volanques ( designação que dou, aos chamados de volantes, mas que na realidade, só desempenham a função de beques ), um Jadson, parado como uma estátua, quase a partida toda, sendo que só tem gaz para 20 minutos, e que só deve entrar na partida, no seu final, quando os adversários já estão cansados ! E o que dizer, desse volanque, Ramiro, tido de alto nível, por enquanto, só estou vendo, o nível alto, com que atinge os adversários, ” da medalhinha para cima “. Também , não podemos descartar, que o jovem treinador, esteja tendo essa postura altruísta, para ajudar, dar chance aos adversários, no caso o São Paulo, a tanto tempo sem título, mas que ainda tarde, mas em tempo, acordou e não se importando com idade, experiência, está pondo quem sabe jogar. Faça o mesmo, Carile, e prove que estou equivocado ! Eu, intuído pelos bons Espíritos Corintianos, lhe aconselho, a seguintes escalação, para a final de domingo : Cássio, Fagner, Manoel, Henrique, Avelar ou Carlos Augusto, Jr. Urso ou Ralf, Matheus Vital, Araos ou Sornoza, Pedrinho, Gustavo e Clayson. E que a sorte, continue do nosso lado, mas sem tanto sofrimento …

  2. PARABÉNS ALBERTO HELENA JR. ADOREI SEU TEXTO. ALGUEM PRECISA COBRAR O SR. CARILLE DE TODAS AS COISAS QUE ELE ESTA AGINDO E SENDO MUITO MEDROSO, COVARDE, RETRANQUEIRO AO EXTREMO E ISSO NÃO É FUTEBOL, MUITO MENOS, ISSO NÃO É CORINTHIANS!!!! OBRIGADO POIS SUA OPINIÃO REFLETE MUITO BEM COMO ANDA O TIMÃO DO POVO E OLHA QUE VOCÊ ESTA SENDO MUITO EDUCADO. FELICIDADES!!!

  3. Alberto,
    Esse é o problema de ser corinthiano, a sofrência sempre vêm a cavalo, não importa se o time está com ou sem recursos.
    Logicamente, com mais recursos a “sofrência” é menor, e, podemos ver algo de bom no time nesses momentos.
    Mas, existe também, o fator corinthians que é a invenção dentro do futebol, ou seja, muitos times agregam em seus elencos formatos parecidos com que o timão apresenta em uma novidade.
    Nem sempre vai dar certo, como esse ano, como nesses jogos.
    Acredito no título domingo, outro jogo, outra história e na quarta-feira, ah, sim, outra pegada também.
    Vamos ver o que acontece.
    Grande abraço e saudações.

  4. Alberto Helena Jr.

    Futebol é esporte, futebol não é violência, futebol é disputa na bola sem interferência externa de qualquer espécie, futebol é a somatória de técnica com raça, futebol é ver o time com mais disposição em campo para vencer a partida, futebol é ver o time que honra a camisa que veste….parábéns Chape….vai Chape. Saudações palmeirenses.

  5. Como eu gostaria de ver uma final entre Corinthians x São Paulo nesse domingo, como foi o jogo entre Tottenham e Manchester city… Mas infelizmente estão acabando com o nosso futebol, não é possível que nós brasileiros esquecemos como se joga um futebol ofensivo com qualidade e improviso… Estamos nos acostumando com essa situação lamentável que o futebol brasileiro em geral está caminhando sem direção… Espero que os deuses do Futebol olhem por nós por dias melhores, pois se dependermos dos nossos treinadores/dirigentes, estamos caminhando para um abismo sem fim com gosto de zero à zero.

  6. O que importa é título Domingo seremos campeões chapecoense esquece estavam com a cabeça na final vamos atropelar os Bambi 2×0

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