Meus olhos se abriram para este sábado de futebol e logo ficaram vidrados com o espetáculo emocionante que ofereciam Chelsea e Arsenal. Um jogo lá e cá, voltado todo para o ataque de ambas as partes. Tanto, que o Chelsea saiu vencendo por 2 a 0 e o Arsenal, ainda no primeiro tempo, chegou ao empate, desfeito pelos azuis já pra lá da metade do segundo tempo.

E, até o apito final, o placar ficou suspenso no ar, com aquele disparo de Ramsey que quase foi às redes do Chelsea.

O curioso foi que, o tempo todo, os comunicadores da ESPN – excelentes, diga-se de passagem – mostravam-se extremamente preocupados com as possíveis falhas dos sistemas defensivos das duas equipes, mais do que até a excelência dos dois ataques.

Entendo, porém: é um viés tipicamente tupiniquim, terreiro não inapropriadamente denominado de arena onde impedir o jogo é mais importante do que praticá-lo nos devidos termos.

É uma maneira de ver o tal copo cheio pela metade, em que o vazio preenche a sede do caboclo.

Em seguida, lá vem o Santos, repleto de seus gringos recém-contratados – Sanchez, Ruiz e Gonzalez. E, antes mesmo dos 2 minutos de jogo, Sashia abre a contagem, em cruzamento exato de Gonzalez da direita que Ruiz apara de peito. Mais alguns minutos de pressão do Santos diante do Sport e logo caímos no ramerrão costumeiro.

Até que, depois de duas boas chances desperdiçadas pelo Sport, Rogério é expulso. Isso, somado às entradas de Rodrigo e Bruno Henrique, mais Pituca, despertou o Peixe que partiu pra cima do adversário e completou o placar, com, Rodrigo, em novo cruzamento de Gonzales, servido no jeito por Gabigol, e Victor Ferraz, num disparo fulminante da entrada da área.

Vale dizer que o Santos, a essas alturas jogava com cinco atacantes de fato e apenas Pituca na armação. Ousadias de Cuca, que vai dando um formato mais adequado ao time peixeiro, o que bastou para o Santos escapar da zona da degola.

Passamos, então, para o Barça, que estreava na Liga Brava contra o Alavés. O primeiro tempo foi aquele massacre técnico habitual, mas sem gols, que surgiram só no segundo tempo, com dois de Messi e um do nosso Coutinho, na sua maneira habitual – da esquerda para o meio e o disparo no canto.

Além de Messi  voltar ao seu melhor estilo, esmerilhando nos passes, nos dribles e somando a artilharia, o Barça entra nesta temporada super reforçado no seu elenco, ao contrário das duas últimas temporadas. Não vai ser fácil o Real, sem CR7, quebrar essa escrita antecipada.

Por fim, em Itaquera, o Corinthians recebeu o Grêmio, e foi um anfitrião gentil e generoso, pois entregou a bola ao adversário e ficou ali assistindo aos gaúchos jogarem.

Com Gabriel e Ralf de volantes e Jadson num daqueles dias de abulia, o Timão não poderia mesmo armar seu ataque de forma positiva. O Grêmio, então, agradeceu e retribuiu a cortesia com um placar restrito: 1 a 0, gol de Cebolinha, em boa hora convocado por Tite para a Seleção. Boa hora para a Seleção e o jogador, não para o Grêmio, que ainda sonha em disputar o título e terá de ficar umas duas rodadas sem seu atacante precioso.