O tempo de mudanças: 2 a 0

Foto: CHRISTOPHE SIMON / AFP

O cronômetro do jogo alcançava os 51 minutos do segundo tempo e o Brasil, pouco antes havia marcado seu, gol, com Coutinho, quando Casemiro cortou um contragolpe da Costa Rica, avançou, tocou pra Douglas Costa no direita; o ponta cruzou pra Neymar, como um raio, chegar rompendo as redes de Navas, e definir, talvez, nossa classificação em primeiro lugar no grupo, com os 2 a 0 finais.

Essa exemplar jogada, que funcionou como uma catarse para a nossa Seleção, angustiada por tantas chances perdidas na segunda etapa e premida pela necessidade de ganhar esse jogo sob risco de cair fora da Copa na próxima rodada, desatou o choro em Neymar, ajoelhado no gramado, após o apito final,

Exemplar porque reuniu ali os três jogadores, que, juntamente com Firmino e Coutinho, deram ao time apático do primeiro tempo, luz e força para a espetacular reação no segundo tempo. E abriu a perspectiva de que esta Copa pode vir a ser um marco para que Tite e demais treinadores brasileiros da atualidade se livrem de vez do dogma maldito dos dois volantes, que tanto emperra nossa capacidade de criar e atacar de acordo com o estilo brasileiro que encantou e amedrontou o mundo, décadas atrás.

Sim, porque, com a entrada de Firmino no lugar de Paulinho, ficamos com apenas Casemiro nessa função, E o rapaz deu perfeitamente conta do recado, lá atrás e aqui na frente, quando necessário e oportuno.

Assim, o Brasil, que já atacava com muito maior frequência desde a entrada de Douglas Costa no lugar do apático William do primeiro tempo, ganhou mais potência na área inimiga, quando, já aos 46 minutos, Coutinho abriu para Marcelo, que cruzou pra cabeçada de Firmino, aparada por Gabriel Jesus e finalizada com destreza por Coutinho: 1 a 0.

Mas, Firmino não se limitou a ser aquele centroavante plantado na área inimiga, não. Ao contrário, entrou pra fazer o papel de um meia, dividindo com Coutinho a armação do seu ataque.

E Neymar? Bem, como se esperava, vai, rapidamente, ganhando ritmo de jogo, e esteve presente o tempo todo fustigando a defesa adversária, sofrendo faltas que o juiz não deu, inclusive um pênalti, marcado pelo holandês e desmarcado pelo VAR, até fazer o dele no último momento da partida.

Com esse gol, Neymar passa a ser o terceiro maior artilheiro da história da nossa Seleção, marca que, pela sua juventude, haverá de quebrar até o dia em que pendurar as chuteiras.

Foram vinte e três finalizações do Brasil à meta de Navas, que fez algumas defesas difíceis, embora a maioria dessas jogadas tenha sido de bolas alçadas à área, o que deverá ser reduzido caso Tite mantenha essa formação final daqui pra frente.

É esperar a Sérvia pra vermos.

 

 

8 comentários

  1. Quem sabe, meu chapa. Mas, cá entre nós, a Seleção precisa aprimorar a eficiência convertendo em eficácia. E aqui me lembro do Corinthians de 2015 treinado pelo próprio Tite, aquele time finalizava pouquissimas vezes, talvez com uma média de 10 chutes pro gol, mas conseguia ter uma eficácia impressionante, vencendo jogos até com goleadas expressivas. Quem não se lembra dos 6a1 no tricolor, 4a1 no Furacão e 3a0 no Fla, etc. Só falta melhorar o aproveitamento, com esse time do segundo tempo, vai ser um melzinho na xupeta!.
    Abços.

  2. Pelo que diz a regra uma partida de futebol tem dois tempos de 45 minutos cada, portanto gol aos 46 e 51 min não existe, alguém acha que o arbitro marcou os gols nesta ordem ou 39 e 45 min. Na Europa dos entendidos o tempo é agregado, coisa horrorosa! Vamos parar com essa bagunça!

  3. Pela primeira vez na vida deixei de ver um jogo da seleção. Fiquei no fundo do quintal restaurando umas rodas da minha velha marajó. Num dado momento curioso pelo silêncio sepulcral das casas vizinhas resolvi perguntar se o jogo já houvera terminado. Meu filho disse que não, ainda faltavam 3 minutos. Estava 0 x 0 e faltavam só pouco mais de 2 minutos para o jogo acabar olhei para ele e disse a Costa Rica ainda vai entregar o jogo ele riu e eu voltei ao quintal. Mal cheguei lá ouvi meia dúzias de fogos ai tive certeza que o Brasila cabara de marcar seu gol. Ganhar da Costa Rica na situação que foi, revela a mentira que é essa seleção de Tite. Não individualmente, muito mais taticamente. Um bando de jogadores a espera que um deles decida o jogo. Todos sem exceção que passei dois anos aqui mesmo nesse Blog apontando como fracassos anunciados confirmam as minhas espectativas. Willian a quem apelidei de “ciscador” é uma lástima. Casemiro um trombador que passa o jogo inteiro e não se vê uma grande jogada que o credencie a ocupara aquela posição na seleção. Paulinho e seu futebol burocrático e esforçado jamais será digno de jogar numa posição ocupado por monstros do futebol no passado. E assim lá nave vá como aquele lutador de boxe que resiste graças ao segundo que enche suas ventas de amoníaco até que leve o golpe fatal. e caia nocauteado. Esses dois jogos da seleção já mostram que esse time não faz por merecer o título de campeão mundial. É muito ruim. O seu treinador uma desgraça completa. E antes que me esqueça: Alberto Helena você acha que Tite vai jogar com 2 ou 3 volantes contra Sérvia? Você esperar que ele jogue com um volante só é acreditar que amanhã de manhã Papai Noel vai deixar uma caixa de vinho barollo na sua porta.

  4. Concordo com o Sr. Sardinha, mas creio que o time já teve bons momentos em que a responsabilidade não era a de jogar uma copa. Jogadores milionários, mas sem estofo emocional e psíquico, não conseguem ter usar no jogo o tesão que mostram pelas baladas, carrões, modelos famosas e etc…Tite faz o genero bom moço, mas é um Felipão polido, um Dunga sem o fígado “estropiado” pelo machismo exacerbado. No futebol é conservador e defensivista e se mostrou, contra a Suíça, sem a coragem de “agredir” o adversário, mas não vejo esse grupo emocionalmente preparado para enfrentar times mais determinados e tradicionais. E, 1966 a balburdia da COSENA deu no que deu, em 1974 a arrogante empáfia de Zagalo desconhecia a Holanda, em 2006 foi o oba-oba de Wegis(que também ocorreu em 1950) portanto parece que o problema não se reduz à imaturidade de jogadores e limitações do comandante. Precisamos de um povo mais educado e socialmente mais consciente.

  5. Espero que você não esteja pretendendo sacar o Paulinho do time. Entre o Casemiro e ele há uma diferença quilométrica. Não queira comparar um volante que calou não só a boca da imprensa brasileira ANTI, como tambem a da espanhola.. O Casemiro é brucutu feito o Dunga, O Paulinho é volante goleador.

    1. Se o xará está me acusando de ser ANTI, está absolutamente certo. Sou ANTI até a medula. ANTIburrice e ANTIignorância, os dois pilares do FANATISMO, o pior de todos os sentimentos humanos, pois está na origem de todas as tragédias da humanidade.

  6. Alberto Helena Jr.

    A seleção amarelada da Nike do Brasil varonil ganhou da potente porém castrada Costa Rica, que fim de feira hein meu amigo, que bagaça esse joguinho, dá vontade chorar, porém esta Copa está se notabilizando pelo baixo nível técnico e fortes retrancas, então talvez até a gente se classifique se a Suiça deixar. Saudações palmeirenses.

  7. Alberto,
    Melhorou muito com apenas um volante.
    De fato, devo concordar com você e os amigos do blog que a seleção ficou livre e leve bem solta e criativa.
    Mas, há um adendo nisso tudo, nem sempre vai ser possível jogar assim, pois, a necessidade do resultado fez com que Mestre Tite “ousa-se” em atacar outra seleção de nível muito inferior.
    Já contra a Sérvia, Tite vai voltar com seus 2 volantes, pois a “garantia do resultado” se faz necessário e, infelizmente, no futebol o que realmente vale é a necessidade e não necessariamente qualidade e futebol vistoso.
    Mas, como você mesmo alegou, é ver contra a Sérvia e sacramentar (ou não) a vaga para as oitavas.
    Grande abraço e saudações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *