Douglas Costa, não, pô! Logo ele, que incendiou o ataque brasileiro quando entrou no segundo tempo contra a Costa Rica, em jogo enrolado?

É verdade que ele tem sido vítima constante de lesões musculares desde os tempos do Bayern, o que o impediu várias vezes de servir à Seleção Brasileira ao longo do período de amistosos pré Copa. Aliás, mesmo agora, estava saindo de uma outra lesão.

Bem, fazer o quê, se não há no elenco outro com suas características – driblador emérito que atua pelos dois lados do ataque, embora canhoto irredutível, a não ser Neymar?

É fato que William, titular também é bom de drible, mas não possui a mesma velocidade e igual capacidade de infiltração pelos lados.

E, se William tiver de ser substituído, como ocorreu contra a Costa Rica? Teoricamente, seria Taison. Mas, Taison, além de nunca ter marcado presença na Seleção, há muito tempo é rei no Shaktar jogando pelo meio.

Restam então as seguintes alternativas a Tite: simplesmente avançar Coutinho para o lado direito, abrindo espaço na meia para, digamos, Renato Augusto, se mantiver a ideia de um só volante (Casemiro); ou, simplesmente retornar com Paulinho, abrir o menino Jesus e deixar o comando do ataque com Firmino, mas nenhuma dessas alternativas terá a mesma potência de ataque do que com Douglas Costa.

Mas, como dizia meu saudoso amigo e grande repórter carioca Oldemário Touguinhó, numa imagem grotesca porém não menos verdadeira a Seleção Brasileira é como corcunda, sempre arruma um jeito de se deitar.

NA LINHA DO GOL

Que jogaço foi esse, meu! A Alemanha dominou a Suécia o tempo todo, criou uma dúzia de chances pra marcar, depois de ter sofrido o gol num contragolpe mortífero oferecido por ninguém menos do que Kroos, logo no início. E olhe que os suecos poderiam ter ampliado o placar se o juiz marcasse aquele pênalti de Boateng (e o VAR?). Mas, a alma tedesca é inquebrantável, e de tanto insistir, com sua formação muito modificada em relação à da estreia, mesmo com dez contra onze, foi lá e virou o jogo no último segundo dos acréscimo, numa cobrança de falta ensaiada em que Kroos meteu a bola no ângulo oposto do goleiro Olsen, aquele salvador dos vikings durante todo o jogo. Por pior que eles estejam, nunca duvide dos alemães, amigo.

A Bélgica vai justificando sua fama neste Mundial. Ao meter 5 a 2 na Tunísia, somou oito gols em dois jogos até agora, jogando um futebol refinado e envolvente. Ah, mas a Tunísia é uma baba. É verdade. Porém, quantas babas por essa Copa afora têm criado sérios problemas para os bambambans do pedaço? Hazard deu show e Lukaku igualou CR7 na artilharia do torneio. É pouco?

E que dizer do México do Don Osorio? Venceu sua segunda partida por 2 a 1 diante de uma Coreia muito mais ofensiva, lá atrás e explorando contragolpes fulminantes. Periga seguir em frente num grupo em que chegou como terceirão, se tanto.