Espanha 3, Cristiano Ronaldo 3

Foto: AFP

Isso, sim, foi um jogo de Copa do Mundo, com toda ´pompa e circunstância.

De um lado, o toque de bola envolvente, sagaz, sempre em busca de furar o bloqueio sólido do adversário, por parte dos espanhóis; de outro, Cristiano Ronaldo, pronto!

Logo de saída, o Gajo recebeu pela esquerda, entrando na área e foi obstado com falta por Nacho. Pênalti, que o próprio CrR7 converteu – goleiro num canto, bola no outro.

Era o grande teste para se saber se os jogadores espanhóis teriam ou não absorvido o golpe da véspera (a troca de treinadores). Pois, tiveram. Botaram a bola no chão, com calma e sabedoria, meteram nos murrugas um paso doble, com a devida harmonia e em alto estilo. E, aos 23 minutos, chegaram ao empate em bola esticada da defesa por Busquet para o nosso Diego Costa vencer seu compatriota Pepe, cortar mais dois dentro da área e finalizar.

Mais adiante, Isco meteu aquele balaço no travessão de Patrício, sinal de que a virada já estava no ar.

Mas havia no meio do caminho o Gajo, que, num raro ataque de Portugal, de canhota, enfiou um frango assado goela abaixo de De Gea, logo ele, um dos três melhores goleiros do mundo.

Nem assim a Espanha se desfez. Ao contrário, seguiu dona do jogo, e aos 9 minutos do segundo tempo, novamente Diego Costa restabelece o empate pra, no embalo, Nacho acertar aquela bomba no canto de Rui Patrício: 3 a 2.

É quando o técnico interino Hierro comete o imperdoável pecado de extrair a alma do seu time, Iniesta e David Silva, substituídos por Tiago Alcântara e Lucas Vasquez. Sem falar no corpo representado pela presença  sempre perigosa na área de Diego Costa.

A Espanha, então, titubeou na troca de passe harmônica que vinha aplicando sobre Portugal, permitindo que o adversário saísse mais para o jogo, até que Piqué, logo ele!, fizesse a falta fatal. Fatal porque coube a CR7 cobrá-la no ângulo de De Gea, que ficou estático em cima da risca, só espiando a tragédia.

Isso, tudo, porém foi apenas o prólogo da bela história que começou apenas a ser contada em campos da Rússia.

4 comentários

  1. Textinho bom sô! Dá gosto de ver os toureiros espanhóis colocarem o adversário no meio da roda, num espetáculo de passes trocados com classe e estilo. Mas, cá entre nós, se os espanhóis são capazes de produzirem um legião de meias armadores de excelência, ainda estão em falta em produzirem jogadores da estirpe de um Neymar, Robben e etc, aqueles dribladores nato – de pegar a bolinha e costurar toda uma defesa. Mas, ainda sim, é um desfrute ver esse time jogar com seu meio campo repleto de meias de ouro.

  2. A Espanha continua seu declínio a cada ano. Começou no Brasil e continua claudicante na Rússia. Percebe-se claramente que é um time cuja defesa não passa confiança. O que salva ainda a Espanha é a sua capacidade de ficar com a bola e errar pouquíssimos passes. Porém, isso contra um time que tem velocidade e jogadores com capacidade individual e um contra-ataque articulado não funciona, tanto é que a manchete aqui do blog espelhou fielmente o que aconteceu: a velocidade e habilidade de um único jogador foi capaz de neutralizar o jogo da Espanha. Isso começa a sinalizar que o favoritismo do Brasil (quem diria), se acentua(mesmo com seu meio de campo engessado).A velocidade e habilidade de Neymar, Coutinho e Gabriel Jesus mais os lampejos de Willian poderão fazer um estrago dos diabos nesses times.

  3. Alberto Helena Jr.

    Foi um senhor jogo de bola com emoção e alternância no placar em todos os momentos, a Espanha com, o tradicional toque de bola herança do Barcelona e Portugal de futebol de força mais aguerrido colocando o coração no bico das chuteiras um bom espetáculo digno de Copa do Mundo, vamos esperar que venham mais jogos assim. Saudações palmeirenses.

  4. Não posso conter minhas palavras em plena copa do mundo.
    Vejam, são três jogos até agora 15/06, e já posso dizer que o Brasil de mestre Tite é o grande favorito ao título.
    Grandes seleções europeias estão “patinando” de tanta potência e força bruta (como a um carro potente desgovernado em dia de chuva).
    É certo que devemos dar tempo ao tempo, ainda faltam outras seleções poderosas “europeias” mostrarem o que sabem de bola, certo?
    Mas, cá entre nós, não têm pra ninguém nesta copa, acreditem, o Brasil será campeão invicto.
    Grande abraço e saudações.

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