A Rússia vinha pelas noites da pré Copa de fracasso em fracasso, parodiando o grande (literalmente) Antônio Maria até encontrar a débil Arábia Saudita na abertura do Mundial: 5 a 0, com direito a dois golaços do canhoto Cheryshev – no primeiro, deu um corte em dois defensores sauditas e tocou pras redes; no segundo, invadiu pela esquerda, recebeu e bateu no ângulo.

A alma russa estava lavada, e a Copa ganhava um início promissor com a goleada, algo raro nesses eventos.

Mas, calma, meu amigo. Nem de longe esse time russo ganha estatura de sério candidato ao título, pois, embora aplicado, revelou-se mais uma vez tecnicamente abaixo dos reais concorrentes à taça. Mas, futebol, sacumé, o emocional muitas vezes supera a técnica num torneio de tiro curto como esse.

Nesse sentido, a Copa começa de fato nesta sexta-feira, com o Egito de Salah enfrentando o Uruguai da dupla Suárez e Cavani, que, pelas beiradas pode ir longe, creia.

Mas, ganha a devida dimensão mesmo quando Portugal de Cristiano Ronaldo enfrentar a Espanha, até aqui, invicta, sob o comando de Lopategui.

O diabo é que Lopategui foi demitido, numa estúpida lambança entre o técnico, o Real, que acaba de contratá-lo, e o presidente da Federação Espanhola. Assumiu Hierro, zagueiro histórico da Fúria ou Gracia, se preferirem, até então, diretor de futebol da federação,

No que toda essa confusão em cima da hora vai afetar o rendimento da Espanha, veremos nesta sexta-feira. Tanto pode agregar ainda mais o grupo de jogadores, que clamaram pela continuação do trabalho de Lopategui, como abatê-lo a ponto de desintegrá-lo diante do Gajo implacável.

É de se ver.