Majestoso dos opostos

(Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

O Majestoso é, sem dúvida, o clássico mais sugestivo da rodada deste fim de semana no Brasileirão.

Isso, porque coloca frente à frente dois dos mais mais velhos rivais do nosso futebol, em situação muito peculiar: o Corinthians, lá em cima da tabela, distante dos demais, e o São Paulo tentando sair do porão onde se meteu por conta da incompetência de suas gestões nos últimos dez anos.

Sucede que o Timão, nessa virada de temporada, passou a ratear, a ponto de ser desclassificado da copa Sul-Americana outro dia pelo Racing da Argentina. Em contrapartida, o Tricolor conseguiu, ufa!, vencer uma na rodada do Brasileirão passada, o que pode lhe dar uma dose mínima de entusiasmo.

Entusiasmo que Dorival Jr. já vai controlando com sua mais recente declaração, segundo a qual, o empate bem que viria a calhar.

É verdade que o Timão não é concorrente direto do Tricolor nesta quadra da vida. Ao contrário: ambos disputam campeonatos opostos – o líder briga pelo título diretamente com seus próximos perseguidores (Grêmio, Santos, Palmeiras, Flamengo etc.), enquanto o São Paulo disputa com os rabeiras o direito à fuga do descenso.

Porém, o São Paulo perdeu pontos demais para os seus mais próximos concorrentes; logo, precisa recuperá-los diante da turma de cima, que fazer? Portanto, o empate não serve, não, para ele.

Serve, sim, para o Corinthians respirar um pouco aliviado diante de uma possível, porém improvável, queda livre no Brasileirão.

E, pelo estilo adotado até aqui por parte do Alvinegro, é a sopa no mel.

Já o São Paulo, se quiser incrementar a autoconfiança necessária para dar a volta por cima, tem de meter os peitos e ousar vencer, como diria o Grande Guia Mao.

Será que vai?

NA LINHA DO GOL

Frustrante a exibição do Bayern no empate por 2 a 2 com o Wolfsburg na tarde desta sexta-feira. Vencia por 2 a 0 e permitiu o empate a partir de um frango inolvidável do goleiro Ulreich, que substitui o lesionado gravemente Neuer. E uma das razões desse resultado foi a demora do técnico Ancelotti em mexer no time, já que Vidal, Ribéry e Muller estavam muito apagados nesse jogo.

Messi, Ronaldo Cristiano e Neymar formam o trio escolhido pela Fifa pra disputar o título de melhor jogador do ano. Nada mais lógico e justo, mas ainda não é a vez do brasileiro genial. Aliás, deveria ter sido a trinca também no ano passado, quando Griezman substituiu Neymar. A propósito, aí vai a minha escalação da melhor seleção do mundo (leia-se, Europa): Neuer, com Buffon bufando em seu cangote; Daniel Alves, Hummels, Piqué e Marcelo; Casemiro, Messi e De Bruyne; Robben, Ronaldo e Neymar, embora um ou outro deste time não esteja na lista dos 55 escolhidos pela Fifa.

 

 

4 comentários

  1. Alberto Helena assim como eu e milhões de brasileiros fomos testemunhas oculares da época de ouro do futebol brasileiro onde se destacaram verdadeiros craques como Carpeggiani, Falcão, Clodoaldo, Adílio, Lima, Zé Carlos e tantos outros que marcaram o nosso futebol. Citar Casemiro como jogador digno da melhor seleção do mundo num continente que já teve Beckenbauer, Stielick os irmãos De Boer, Tigana e cousa e lousa só me faz concluir que vivemos tempos estranhíssimos.Isso comprova aquilo que já desconfiava faz tempo, ou seja, as pregações de Tite vão muito além das suas invenções nas quatro linhas, elas operam verdadeiros milagres fora delas também..

  2. Nas minhas longas andanças já vi de tudo no futebol. O que nunca vi sinceramente foi alguém dizer que viu um perna de pau se transformar num craque. Jamais. Simplesmente não há como. É como se esperássemos que um bêbado repentinamente pudesse fazer as mais incríveis proezas num trapézio a 20 metros do chão. O inverso no entanto pode ser possível, ou seja, um trapezista bêbado pode fazer maravilhas mesmo sob o risco de uma queda eventual. No futebol idem não há registros de que um brucutu emergiu como craque tempos depois. Exemplos há aos montes. Paulo Almeida do Santos convocado para a seleção é um deles. Portanto, só posso concluir que Casemiro que é aclamado na Europa como o cara não é aquele mesmo Casemiro que jogou no São Paulo e que saiu apedrejado de tão ruim que era. Me expliquem o milagre.

  3. Sr.J. Sardinha há varios aspectos que fazem um jogador mediano evoluir em sua carreira e numa partida de futebol.começamos pelo psicológico : a medida que o tempo passa tanto nos jogos como na vida ,o atleta vai perdendo o medo que é um grande vilão no esporte ,pois ele te faz errar bastante. ,segundo a confiança que seus colegas em campo vão dando confiança e ajudando e técnicamente se voce treinar com o tempo vai melhorar sua condição e seu trabalho em campo. A evolução faz parte da vida humana! Não existe uma verdade absoluta .

  4. Só para lembrar eu assisti a copa do mundo 2006 na Alemanha. E vi a escalação do parreira. Vi também a escalação do dunga em 2010 e em 2014. Eu assisti aos jogos do Barcelona. E ultimamente tenho visto as atuações do Gaúcho no Paris san german. Eu posso dizer algumas coisas. Todo mundo mundo elogia o Neymar Jr com seu talento. Porém o Neymar Jr jamais vai chegar aos pés do Ronaldinho Gaúcho. Ou seja o mundo do futebol brasileiro está a pelo menos 11 anos com miopia futebolística.

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