Havia mais de um ano que o Palmeiras não visitava o velho Pacaembu. E quis o destino que esse reencontro se desse diante do Coritiba, justamente o Coritiba, adversário do então Palestra Itália na inauguração do estádio, em 1940, ano, aliás, em que o Verdão foi sagrado como o primeiro campeão paulista do novo pedaço ilustre da cidade.

E desconfio que muito se deve à torcida verde, que encheu as galerias do Pacaembu, a animação de um jogo um tanto pobre tecnicamente, como de resto os demais deste nosso futebol murcho, mais preocupado em se defender do que em atacar.

Este não foi o caso, pois tanto o Verdão quanto o Coxa buscaram o gol, cada um à sua maneira. O Coritiba, tentando envolver o adversário via troca de passes; o Palmeiras, em longas esticadas e pontadas incisivas. Sucede que o Coxa errava muitos passes, e as esticadas do Verdão acabavam sendo inconsequentes, por falta de mira dos armadores.

A não ser aos 39 minutos do primeiro tempo, quando Tchê-Tchê passa bem para Dudu na esquerda e este cruza na medida em direção a Jean, como um autêntico centroavante, empurrar a bola às redes: 1 a 0.

E isso acabou sendo tudo, o que mantém o Palmeiras na quarta posição com poucas esperanças de conquistar o título, mas capaz de garantir uma vaga na próxima Libertadores, quando, então, espera-se, venha a praticar um futebol condizente com seu elenco tão badalado.