Real e Barça com sinais trocados

(Foto: Gabriel Bouys/AFP)

Bola rolando, parecia que o Real era o Barcelona dos bons tempos recentes e o Barça um desses tantos times que se deitam na vala comum, embora dotado de excelentes jogadores, no geral.

O Barça já pisou no Santiago Bernabéu perdendo por 3 a 1, plantado lá atrás a partir da linha de três zagueiros de fato, ainda que Mascherano, pela direita, seja um volante de origem. Em contrapartida, o Real  entrou feito o Barça de outro dia: marcando por pressão no campo adversário, trabalhando a bola com eficiência e arte, e logo aos 3 minutos abriu a contagem num disparo venenoso do menino Asensio.

E aqui já se percebe outro aspecto da inversão de espírito entre as duas equipes: o Barça, famoso pela excelência de suas canteras, há um bom tempo não revela um garoto-craque, enquanto o Real, célebre, por contratar estrelas onde elas brilhassem, vai dando espaço a seus meninos, como Asensio e Lucas Vasques, que logo em seguida meteria uma bola no travessão.

Pouco depois, Benzema estabeleceu o placar final, num giro de canhota dentro da área do Barça.

Messi, que passou despercebido ao longo de toda a partida, haveria de chutar na trave uma das raras chances criadas por seu time (a segunda seria na etapa final, naquela cabeçada de Suárez no poste).

Mas, a partida esteve o tempo todo sob o controle do Real, que aproveitou a chance pra lançar mais dois meninos – Theo Hernnandez e Ceballos, meia que cairia como uma luva no meio de campo cansado do Barça.

E, assim, os merengues levantaram mais uma taça – a Supercopa da Espanha -, num gesto que já está se tornando cansativo lá pelo lados do Bernabéu.

Enquanto isso, o Barça, embaraçado com mais denúncias de irregularidades de sua administração, acaba de apresentar o nosso Paulinho como novo reforço, enquanto permanece tentando seduzir P. Coutinho, do Liverpool, e Dembèlé, do Dortmund. Estes, sim, dois craques capazes de recuperar a energia e classe do Barça, depois das drenagens consecutivas, culminadas com a saída de Neymar.

É esperar pra ver.

 

3 comentários

  1. Os sinais estão trocados mesmo. Enquanto os franceses contratam Neymar, DiMaria, os espanhóis contratam Casemiro e Paulinho. Para o pessoal que entende de marketing isso por si só já é catastrófico para as finanças do Real e do Barça. Isso afeta desde a venda de uniformes e produtos em geral passando pela venda de ingressos e as cotas de TV no mundo inteiro. Como diária os franceses: La vie est belle.

  2. Os cartolas do Barça andam mais perdidos que as balas que voam lá pelos lado do Rio.
    Ao invés de buscar Paulinho, por que nao o meia Renato Augusto?
    Ja é de cor e salteado que o meia é o maestro da amarelinha dando controle ao jogo, seja com toques curtos ou longos; como aqueles espetaculares lançamentos.
    Abços.

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