Ah, Rueda, mi hijo…

Foto: Pedro Martins/Mowa Press

Quando a câmera focou o banco do Fla pela primeira vez nesta noite de quarta, tive um sobressalto: ué!, será que meu saudoso amigo e excelente repórter e comentarista Raul Quadros ressuscitou?

Não, claro que não, a imagem era a de Rueda, o novo treinador do Mengão, estreando nesta decisão em dois tempos da Copa do Brasil, diante do Botafogo, no estádio Nilton Santos.

Fato confirmado de vez quando Rueda resolveu fazer aquela substituição insólita, na etapa final, sacando Berrío para colocar em campo um terceiro volante, Márcio Araújo, justamente quando o Rubro-Negro dominava a partida e dava sinais de que poderia abrir a contagem. O Raul, rubro-negro de corpo e alma e fino observador do jogo da bola, jamais cometeria esse equívoco.

Mas, enfim, o professor mal desembarcou no Rio e ainda terá muito que aprender sobre seus jogadores e os adversários antes de ministrar seus preciosos ensinamentos.

O fato é que Flamengo e Botafogo nos ofereceram um espetáculo opaco cujas raras emoções se restringiram àquela falta cobrada por Diego no travessão e uma boa chance desperdiçada por Roger do outro lado.

O primeiro tempo foi uma grande tolice. E o segundo, quando ganhou ânimo, sobretudo com a maior movimentação de Diego, refluiu a partir da mudança feita por Rueda e se afundou de vez com as expulsões de Muralha e de Carli em lance que o juiz poderia simplesmente advertir os dois.

Enquanto isso, o Grêmio, como se esperava, venceu o Cruzeiro em casa. Mas, embora criasse boas chances no primeiro tempo, o resultado foi ínfimo – 1 a 0, gol de Barrios.

Enfim, nada ficou resolvido de fato nesta primeira rodada da decisão da Copa do Brasil, pois em mata-mata o jogo da volta pode revirar tudo de pernas pro ar.

 

6 comentários

  1. .O goleirinho do foguinho foi o melhor em campo, defendeu o chute de Berrio a queima roupa, após o cruzamento de Rondinei, na qual o bandeirinha no susto anotou a saída da bola quando na imagem é nítido que não saiu, o Diego, botou bola no travessão,então tudo isso você não fala, o árbitro prejudicou o Mengão expulsando o goleiro para compensar a expulsão do medíocre zagueiro do foguinho.Ou seja o Mengão jogou muito mais bola, encurralou o foguinho e no Maracanã serão mais de 50.000 rubro negros empurrando o melhor elenco do Brasil.

  2. O volante

    Malgrado por lá persistirem equívocos tais, ao menos a equipe do Flamengo pareceu mais bem distribuída na partida contra o Botafogo. Concomitantemente, a tática ainda não é um primor, assim como permanece o lapso de o time não conseguir transformar sua exacerbada posse de bola, a corrigir, em chances concretas de gol. Entretanto, Rueda acertou ao optar por Cuéllar, em vez de escalar o simples futebol de Márcio Araújo. Ademais, fica a sensação de que muito fez o dito-cujo, creio, pelo pouquíssimo tempo à frente do clube. Não fosse a escalação de Muralha – felizmente expulso na segunda etapa -, podê-lo-íamos dizer que foi uma bela estreia; mesmo havendo uma tímida melhora.

    Acerca do Botafogo, pouco fez, senão apostar nas falhas individuais dos rubro-negros; principalmente vindas do goleiro Muralha. De um modo geral, o jogo foi muito aquém de um clássico cuja liturgia é atrelada ao risco. A título de explicação, e até o final da década de 30, o volante, saibam, era chamado de apoiador; expressão, tal, oriunda do grego pódion, a crer, significando “pé de vaso”; por sua vez diminutivo de podós (pé).

    Dado o exposto, a transição apoiador para volante se deve ao sobrenome de Carlos Martin Volante, jogador argentino, nascido em 1910. De acordo com historiadores, a mudança ocorreu quando Carlos, um exímio volante à época, jogou no Flamengo, especificamente de 1938 a 1943. Lembrado por poucos, o jogador conquistou 3 cariocas no período aludido. Se o volante nasceu no Flamengo, e, reitero, o time melhorou com uma troca na posição, Rueda acertou tamanho pormenor; então. É isso.

    1. Concordo com você, apesar de alguns comentaristas não gostarem da mexida do Rueda no segundo tempo,ele como inteligente que é, segurou o meio de campo para levar o empate para o segundo jogo e lá terá a Nação rubro negra apoiando e lá o Foguinho vai tremer na base,sem falar na Volta do guerreiro.

  3. para quem torce …. instituições e não jornalista .. pra que … ??? no máximo um comentarista .. ainda canta de galo
    vocês quem sabem…. ainda vocês … e fica falando mal de todo mundo li a matéria do Menom,por muito boa o o rapaz em questão, incentiva violência…e vocês nada .. vou dar na goela…. ..palhaçada…

  4. Tite na lista da Fifa para concorrer como melhor treinador. Será verdade? Se for, mostra que a Fifa perdeu o rumo e deveria ser chamada de Phifa, isso mesmo Fifa com Ph. Um treinador cujo meio de campo arma com 2 volantes cuja missão primordial é marcação, mostra o seu poder de enxergar o jogo. Tite morre seco mais é incapaz de enxergar que o volante acabou faz tempo. Tite não enxerga que o meio de campo é a zona de inteligência de um time, e como tal, deve ser preenchido por jogadores inteligentes e habilidosos que não guardam posição fixa, diferente do que ele pensa. Tite é do tempo que acha que os volantes garantem a solidez de uma defesa e as estatísticas estão ai para mostrar exatamente o contrário.
    No último jogo do Náutico contra o Figueirense os números do Footstats são cristalinos sobre o que falei acima.
    Na comparação do jogo Náutico x América MG no qual foi completamente dominado e perdeu o jogo jogando no 3-5-2 e o jogo contra o Figueira que ele jogou no 4-3-3 as diferenças são impressionantes. Mesmo jogando com um homem só defensivo no meio de campo., o Náutico desarmou mais, atacou mais, chutou muito mais a gol, acertou mais passes, sofreu menos contra-ataques e ainda por cima teve disparado a posse de bola e o melhor, ganhou o jogo por 2 x 0. O problema é que a maioria dos treinadores brasileiros não acreditam em estatística eles contrariam essa parte da matemática que é utilizada em tudo até no cálculo de lançamentos de satélites para exploração espacial. Fazer o que?.

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