E a Fiel canta!

(Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians)

Um dos fatores adversos para o Corinthians neste domingo era o mando de jogo do Flu, no histórico Maracanã apenas no título. Pois, o que se ouviu durante toda a partida foi a voz da Fiel, com seus cânticos tradicionais. Era como se o Timão, líder e invicto há trinta jogos, estivesse jogando em Itaquera.

E o transcorrer da bola foi assim mesmo como costuma ser, vestida de alvinegra, nesta temporada: ligeiro predomínio corintiano, impecável na defesa e agudo aqui e ali no ataque, uma cabeçada fatal de Balbuena aproveitando cruzamento da direita de Giovanni Augusto, que voltou bem ao time, e adeus ocoló.

Bem que o Tricolor carioca apertou o cerco nos minutos finais da partida. Mas, aí, surgiu Cássio em todo o seu esplendor sob a trave.

Era a vitória de que tanto precisava o Corinthians, depois dos dois empates recentes, para manter-se à tona do campeonato, à espreita de que, nesta segunda-feira, quando o Grêmio enfrenta o São Paulo no Morumbi, a Praga do Renato se volte contra o feiticeiro.

Enquanto isso, o Palmeiras, mais uma vez todo alterado, por necessidade e opção, foi ao estádio Pernambuco e bateu o Sport de Luxa, que vinha em prodigiosa ascensão no campeonato: 2 a 0 – um gol espírita de Bruno Henrique, que colheu cabeçada de cocuruto em cima da linha de fundo, em cobrança de corner da direita de Egídio, bola que resvalou em Diego Souza e enganou o goleiro, entrando lá em cima, no canto oposto, e de Keno, em belo lançamento de Bruno Henrique.

Assim, o Verdão segue nas franjas da Libertadores e ainda sonhando com uma arrancada mágica em direção ao título brasileiro, cada vez mais próximo do Parque São Jorge.

Pela manhã, foi a vez do Santos: num Pacaembu ensolarado, o que atraiu uma torcida compatível com a história do clube da Vila, ao contrário do que acontece lá na orla habitualmente, meteu 3 a 0 no Bahia, sem muito desconforto, com uma tripleta de Bruno Henrique, apesar do tanto que falta para o seu desfecho.

(Quer dizer: sem contar as providenciais defesas desse magnífico goleiro, Vanderlei, o melhor do país nesta quadra da vida do nosso futebol.)

No primeiro, o artilheiro do domingo colhendo rebote do goleiro em disparo de Copete; no segundo, em jogada genial de Lucas Lima, que deu um drible de calcanhar no zagueiro dentro da área; no terceiro, aparou a bola na área e escolheu o canto.

Detalhe: Levir Culpi não vacilou e escalou seu time desde o início com apenas um volante de ofício, Yuri, dois meias (Vecchio e Lucas Lima) e três atacantes por vocação – Copete, Kayke e Bruno Henrique. O trivial do bom futebol que a turma andou por aí catalogando como um esquema super ofensivo. Como dizia o velho Acácio, o hábito faz o monge (acrescento: os desinformados).

E, na véspera, o Flamengo conseguiu, já nos descontos seu gol de desempate (2 a 1) diante do descendente Coritiba, na Ilha do Urubu. Assim, mantém-se na primeira fila, mas ainda deve um futebol de acordo com a categoria de seu ilustre elenco.

NA LINHA DO GOL

Foi-se o nosso querido Valdir Peres, goleiro de três Copas do Mundo e amigo de fino trato, o Babão, na intimidade. Revelado pela Ponte Preta extraordinária dos anos 70, Valdir alcançou seu apogeu no São Paulo, sobretudo na decisão do Campeonato Nacional de 77, o primeiro conquistado pelo Tricolor, quando arrasou na cobrança de pênaltis da decisão do título com o Galo, no Mineirão. Cobrança de pênalti que o consagrou na excursão da Seleção Brasileira à Europa, pouco antes da Copa de 82, quando pegou duas vezes a batida de Breitner, o alemão que jamais havia perdido um pênalti na gloriosa vida de jogador de futebol. Na primeira, o juiz mandou voltar porque Valdir havia se adiantado. Na segunda, no canto oposto, Babão foi lá e salvou. Ah, que pena não ter mandado pra escanteio esse traiçoeiro infarto que o colheu neste domingo…

 

8 comentários

  1. Uffa…Alberto,
    Está difícil jogar contra os adversários….diria o time do corinthians.
    Sim, se isso for dito eu vou entender da seguinte forma, os outros times resolveram jogar mais ou menos parecido com o timão.
    Resultando no equilíbrio e até mesmo superioridade dos adversários.
    Como costumo dizer fora das linhas, a receita é escrita e os outros a seguem da melhor forma parecida.
    Vamos ver na próxima rodada, contra outro “favorito”, o poderoso flamengo.
    Grande abraço e saudações corinthianas.

  2. Alberto Helena Jr.

    É muito fácil parar o pocotó itaquerense é só oferecer a bola para eles proporem futebol ofensivo, não sabem fazer, jogam como o Juventus….da Moóca das décadas de 80 e 90 sob o comando do Miltton Buzzetto, então não é nada de inovador o que faz o aprendiz de retranqueiro o tal de Fabio Carrille, do jeito que é endeusado pela mídia parece que ele inventou a roda e a bola mutio pelo contrário joga de forma covarde e pratica um futebol feio porém temos que dar a mão à palmatória que tem sido eficiente, isso enquanto esse elenco reduzido e mediano para não dizer mediocre dos gambás aguentar esse ritmo, mais não demorará muito, e como disse o filosófo contemporâneo e ufólogo Renato Gaucho, a fase “despencatória” começara. Saudações palmeirenses.

    1. Ledo engano, meu querido molecote. Este Corinthians joga dos dois jeitos; com e sem bola.
      Sabe propor o jogo em travessuras ofensivas aqui e ali, mas é contudente mesmo, nos contra-golpes.

      E se vos mi cê, citou que pratica um futebol feio, curiosamente esse mesmo futebol foi o que consagrou o teu Periquito, campeao legitimo do brasileiro ano passado, ou nao te lembrás?
      Entao nao vem aqui neste pedaço dizer besteiras, moleque.

      Abços.

      1. Alberto Helena Jr.

        Gostaria de acalmar o internauta Cartola que ficou nervisinho talvez por ter vestido a carapuça pelas verdades que eu disse né, então para acalmar os seus nervinhos Cartola comece a ajudar o pocotó itaquerense a pagar os seus mais de dois bilhões dívidas porque o PROFUT vem aí e mesmo sendo campeão pode até ser rebaixado, com relação a você me chamar de molecote na vida real não é bem assim tenho idade para ser seu pai e talvez até seja vai saber. Saudações palmeirenses.

  3. Alberto Helena, sempre te admirei pelos seus comentários, com relação ao futebol brasileiro.
    Um futebol ofensivo bem jogado, nada de 9 jogadores atras da linha da bola, retranca agora,
    virou futebol compacto, um time que vive de uma bola e elogiado por toda imprensa.
    Pobre futebol brasileiro.
    Imagina todos os times jogando futebol compacto com 9 atras da linha da bola, seria um futebol
    vistoso de ser assistido, chutes a gol nenhum, eficiente, posse de bola ninguém ia querer ter a bola.
    Viva futebol brasileiro.!!!!
    Deixemos a arte e o espetáculo do futebol arte, pelo futebol de resultado, feio, não se importando o jogo,
    e sim o resultado a qualquer custo.

    1. Penso que o Palmeiras merece uma torcida com mais neurônios, os comentários destes coitados são de doer!! tomaram de 2×0 lá no chiqueirão por que??? deveriam ter mostrado o futebol maravilhoso deles e ter se imposto perante o Timão!!! , o que fizeram? foram cobrar os jogadores , promover baixaria, dona Leila já deixou por lá dois caminhões de dinheiro, e o time é no máximo medíocre, já o Carile formou um bom time com zero de grana, o Cuca é um cara legal inteligente e ponderado, mas se ele dirigir um time sem os ¨astros¨ que tem por lá , sei não……. Porcada aprendam a dar valor para o trabalho dos outros!!!! ter apanhado no chiqueirão tá doendo até hj, mas vai passar….

  4. A fiel canta, e os apreciadores do futebol bem jogado bonito, de espetáculo chora, assistir um jogo entre dois maiores times do futebol brasileiro e ver um time de junior jogando Fluminense e o Corinthians com esse futebol compacto ( de 1 bola)

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