Vai longe esse canarinho

(Foto: Dante Fernandez/AFP)

Mal começou o jogo e um recuo curto de Marcelo obrigou Alisson a cometer pênalti. Cavani: 1 a 0, Uruguai. Um terror?

Nada disso. Ao contrário, pois do que mais precisa essa Seleção invicta de Tite é enfrentar situações como essa pra vermos como reage.

Jogando no Centenário, contra o segundo colocado das Eliminatórias, torcida flamante e tal e cousa e lousa e maripousa, o Brasil manteve a postura adequada, Pôs a bola no chão, e saiu jogando, melhor até do que o Uruguai, que sabe se defender, não jogar. E, aos poucos, foi chegando, foi chegando, até que Neymar rola pra Paulinho – petardo de fazer inveja ao Podolski da véspera, bola no ângulo: 1 a 1. Queimou minha língua e botou um sorriso nos meus lábios.

E continuou com a bola a seus pés, sem, contudo, criar grandes chances de gol. Mas, nessas circunstâncias, ótimo.

Pra incendiar de vez minhas língua comprida, Paulinho de novo, logo no começo do segundo tempo, virou o placar, em boa trama do ataque que culminou com disparo de Firmino e rebatida de Martin que nosso volante, esperto, aproveitou: 2 a 1.

Quando o cenário era verde e amarelo, justamente dois dos mais experientes da equipe – Marcelo e Daniel Alves – cometem duas faltas na entrada da área, que Cavani desperdiça. Risco desnecessário.

Isso animou os celestes, que passaram a pressionar pela primeira vez nossa defesa.

Mas, bastaram duas arrancadas daquelas de Neymar pra refazer o domínio canarinho. Confirmado com aquele golaço de Neymar, que disparou, venceu o beque e, na saída do goleiro, um lençol de seda e borda rendada.

Bem que o Uruguai tentou dar um gás final. Em vão.

É quando, aos 37 minutos do segundo tempo, Tite resolve fechar o time, com a entrada de Fernandinho no lugar de Renato Augusto.

Por fim, troca P. Coutinho por Willian e, em seguida, Firmino por Diego Souza.

Mas, a cereja no bolo estava reservada para Paulinho incinerar minha língua de vez: cobrança de lateral, Willian mete no segundo pau, onde Paulinho entra de peito pra timbrar a goleada por 4 a 1!

Uma exibição de gala do Brasil e prova de que esse time de Tite tem estofo, além de técnica e habilidade.

Vai longe, vai longe.

 

 

11 comentários

  1. Mestre João Saldinhaaaa !!!! uuuu !!!! Olha o Tite ( Adenor ) com seu volante hat-trick ! Que urro hein ! Adenor vitalício na seleção já !

    1. Alguns minutos que assisti me deixaram pensativo. Como pode a seleção do Uruguai chegar ao nível que chegou. Um amontoado de pernas de pau dando paulada a torto e a direito achando que estavam disputando um jogo de rugbi. Em alguns momentos temi pela integridade física dos jogadores tamanha a violência dos uruguaios. A seleção fez o que deveria ter feito. nada excepcional para jogar com um time de vikings. O jogo foi tão atípico em se tratando deo Uruguai que Paulinho fez 3 gols o que nunca tinha acontecido em toda a sua carreira. É muito fácil agora em pleno oba oba mudar meus conceitos. Prefiro aguarda. Time onde Paulinho é o artilheiro me deixa com uma pulga trás da orelha. Pra frente Brasil!

      1. É, João, concordo com V.Sa. Ganhar desses bostas é fácil e nem adianta entrar neste frenesi de verde amarelismo muito fora de hora. A propósito, a única amarela a dar arrepios hoje em dia é a Febre.
        Os uruguaios de nosso tempo têm sua fama muito mais no campo da agricultura da erva maldita que no campo de futebol. Son botinudos! Ainda hoje sentem orgasmos esportivos ao se lembrarem do ocorrido há 67 anos, mon Dieu!! Deesafio alguém aqui a cravar o nome de 3 jogadores de seus times em 1950 … ninguém sabe, a não ser Milton Neves, que pode muito bem estar inventando potocas uma vez que não há quem possa supor a linha de frente do Itabirito FC em 1948! O Milton vem e diz: ah! Eu sei! Era Totóin, Miloca e Torresminho. E pronto. Quem vai dizer que não? Gostaria de ver se um gaiato telefonasse e dissesse: “Que é isso, Milton? Em 1950 o Torresminho ainda estava no Atlético de Muriçoca e fazia dupla com o Zé Teiú, o Caladão, centroavante que marcou 137 gols em 1949, lembra dele?”
        É isso. Tchaus.

        1. Véi, o Uruguai, que você se referiu com um péssimo substantivo pejorativo, estava invicto em casa e tinha tomado apenas um golzinho dentro de casa e queira ou não é o Uruguai, não Andorra, com todo respeito a Andorra ! Respeito sempre !

  2. Caro Alberto,
    Estou contigo e não abro.
    Voar longe, sim, já atravessamos o Atlântico antecipadamente….hummm…muito, mais muito antecipadamente, não é mesmo?
    Mas, cabe ao amigo críticas lógicas, pois, a seleção do Mestre Tite ainda não enfrentou nenhum “europeu”, certo?,,,certo!
    Você é testemunha de que sempre defendi a seleção nas mãos competentes do Tite, e ainda vou defender, mesmo que perca (e vai), mas a filosofia será sempre confirmada e, agora, o que era apenas um sonho ou participação coadjuvante de um time risonho na Rússia, será um deleite para conquistar!!!
    Grande abraço.

    1. Giba, é melhor que sejamos chatos e incompreensivos ou vamos acabar sendo a torcida do Equador, do Peru e quetais. Vitória magra, o Adenor não serve tanto quanto ele pensa, fazer 4 nesses pernas de pau é moleza e Cavani não pega banco no ABV de Natal (não, mesmo!!!). Melhor assim. Ou corremos o risco de termos de engolir outro 7 x 1. Lembro-me de interessante adágio italiano que diz: “Si tutto và bene, siamo fottuti!”
      A biêntot!
      M. Verdi

      1. Meu amigo, sinceramente torcedores como vc tem aos montes, nunca está bom, se jogar la na Alemanha hj e vencer por 10 x 0, vai dizer que só venceu pq a Alemanha está passando por uma transição, sempre vai haver uma desculpa. Chamar a seleção Uruguaia de perna de pau, mostra bem que vc não entende muito de futebol, dizer que um dos melhores atacante europeus da atualidade (Cavani) não seria nem reserva no ABC de Natal me atesta o seu grau de inocência, admito que a celeste perdeu muito com a ausência do Suárez, mas a mesma vinha de 6 jogos em casa, com 100% de aproveitamento, levou apenas 1 gol nesses jogos.
        No meu ponto de vista o clubismo as vezes fala mais alto, tem torcedor que só enxerga o clube por trás das pessoas, se o técnico veio de um grande sucesso em um clube rival, pronto já não serve, se o volante que marcou 3 gols no jogo (hat-trick), jogou no seu maior rival, pronto não serve, nunca será bom o bastante.
        Acho que está na hora de apoiar mais e criticar menos, afinal a seleção vem no momento dando aula de futebol “ENCANTANDO O MUNDO”, ai vem os experientes em futebol como vc e diz que ainda falta muito, eu discordo, futebol é momento, a seleção pode não conquistar a copa do mundo ou qualquer outro torneio, mas só os ignorantes clubistas não dão o braço a torcer pro encantamento que a canarinho vem mostrando no momento.

      2. Prezado, Marco
        Sim, concordo e respeito sua opinião, mas o fato é que, na América Latina, até agora não vi nenhum outro time de futebol jogar com frieza e inteligência como o do Adenor.
        Dito isso, então, somos os melhores aqui e no momento.
        Por este motivo digo, será que na Europa existe algum time muito melhor que o Brasil de Tite?
        Acredito que não, embora os fatos virão à tona quando se enfrentarem, não é mesmo?
        Ainda em tempo, o vasto campo de vitórias e conquistas do Tite não é de hoje, vêm de sua formação e inteligência como profissional. Para cada jogo, ele aplica um esquema tático diferente, acredite, é fato.
        Grande abraço.

  3. Calma Sr. Helena.A mesma mão que afaga, penalisa.Precipitações à parte realmente a seleção mudou pra melhor.Com Dunga não dava.Mas amanhã o Sr. vai esquecer tudo e descer a lenha no Sr.Adenor se ele não vier da Russia com o troféu.Vocês da imprensa têm a caneta e o micofone como metralhadoras.

  4. No Final dos anos 70 Muhammad Ali foi desafiado pelo campeão japonês de lula livre Antônio Inoki. Pela primeira vez na história um campeão de boxe iria enfrentar um campeão de luta livre. Não fora a presença de Ali nessa falsa luta, com certeza ela teria sido um dos maiores pastelões dignos de Didi Mocó, no mundo dos esportes em todos os tempos. Pois ontem tivemos algo parecido. Pela primeira vez na história, uma seleção de futebol no caso a brasileira enfrentou um time de rúgbi do Uruguai. 50 0000 uruguaios viram seu time de rúgbi perder de 4 x 1 para a seleção brasileira. Muitos uruguaios saíram de campo sem entender como seu time pôde perder daquela forma tão acachapante. Não perceberam os orientais que um detalhe fez toda a diferença. Eles esqueceram de trocar a bola do jogo.

  5. Alberto meu caro, voce esta se referindo a qual jogo? Pois o que eu assisti, e terceiro gol de Paulinho se deu apos cruzamento perfeito de Daniel Alves.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *