Verdão e Peixe, dando a volta por cima

Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press

O mais importante era saber como reagiriam o Verdão e o Peixe neste sábado, depois dos insucessos recentes. E ambos se salvaram de uma eventual crise, daquelas que se desdobram e acabam estragando um trabalho ainda no início de suas ações.

O Palmeiras, sem dúvida, saiu-se ainda melhor do que o Santos, ao golear em casa a Ferroviária, por 4 a 1. Nem tanto pelo placar em si, pois esses números o Verdão poderia ter alcançado antes mesmo da primeira meia hora de jogo, quando fez 2 a 0, com Keno e Michel Bastos, e teve mais três chances de ouro para ampliar o marcador, com Keno e William duas vezes.

É que o Palmeiras, muito modificado, apostou numa formação de meio de campo e ataque leve e insinuante, com Zé Roberto e Michel Bastos abastecendo Dudu, fluido, William e Keno, inspiradíssimo.

No segundo tempo, o Palmeiras foi surpreendido pelo pênalti cometido por Michel e que Alan Mineiro só converteu na segunda vez, depois do avanço de Prass.

Mas, nem assim o Verdão se abalou. E, na recarga, o estreante Borja, que acabara de entrar, rouba uma bola no meio de campo, avança, serve a Dudu que devolve pro gringo guardar com precisão: 3 a 1.

Por fim, Roger Guedes, que substituíra Keno, de cabeça, em bola alçada por Veiga, fecha o placar e abre a perspectiva de o Palmeiras voltar a ter esperanças de seguir em frente, como sugere a excelência de seu elenco.

Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Enquanto isso, o Peixe, na Vila, passava pelo Botafogo, por 2 a 0, graças às felizes ações de Vítor Bueno, que colheu rebote do goleiro em disparo potente de Ricardo Oliveira, de volta à equipe, finalmente, para abrir o placar. E, já no finzinho da partida, roubou bola no meio de campo, investiu e cruzou para o zagueiro rebater nos pés de Longuine: 2 a 0 .

Tá de bom tamanho diante das nuvens escuras que rondavam a Vila e o Parque.

NA LINHA DO GOL

Se fosse decupar a formação do Bayern que acaba de meter 8 a 0 no Hamburgo, a exemplo da turma da telinha e do teclado por aí, diria que os bávaros jogaram num autêntico 2-4-4. Isso mesmo: dois zagueiros (Hummels e Martinez), uma linha média formada por quatro jogadores (Lahm e Alaba, pelos lados, com a dupla de meias Vidal e Thiago Alcântara, por dentro); na frente, Robben, Muller, Lewandowski e Douglas Costa, quatro atacantes por vocação e estilo – dois pontas, um meia avançado e um centroavante goleador, autor, aliás, de três gols. Mas, como sou mais moderninho, diria que Ancelotti optou mesmo pelo extinto 4–2-4, sistema, aliás, que tem sido utilizado pelo técnico italiano há vários jogos, o que explica em boa parte as sucessivas goleadas aplicadas pelo Bayern nas últimas partidas.

5 comentários

  1. Assisto sempre o mesa Redonda , e gosto muito quando vejo os seus comentários . Acho que seus comentários são inteligentes e fazem uma leitura correta do momento . Parabéns !!!

  2. Alberto Helena Jr.

    Você sabe né Alberto que em uma corrida de longo percurso, como serão esses campeonatos, existe sempre a figura do coelho, que é o atleta que tem uma boa largada mas não consegue manter o ritmo e no fim está com a língua de fora, então na minha humilde opinião o “time das meninas” e o “gambás team (descendência inglesa)” são os coelhos nessa largada porém veremos como vão estar no fim do campeonato. Saudações palmeirenses.

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