Para a Fórmula 1, o futuro é agora

Britânico Lewis Hamilton celebra vitória (Foto: AFP/Lars Baron)

A F1 inaugurou uma nova era, no sábado, com a primeira corrida Sprint de classificação. Max Verstappen saiu na frente nesta corrida vertiginosa de 30 minutos, sem a amarra da troca obrigatória de pneus. A sexta ganhou a prova de classificação, colocando Lewis Hamilton na frente. Com alguns ajustes eventuais poderá se tornar definitiva.

No regulamento esportivo, a primeira mudança veio em 2019 com a adoção do ponto de bonificação para o mais rápido na prova, desde que esteja entre os dez primeiros colocados.

O regulamento técnico será a próxima etapa. Em 2022, a aguardada mudança de regras que recriará o efeito asa e eliminará parte da problemática turbulência que dificulta as tentativas de ultrapassagem, novos perfis de pneus com 18 polegadas, entre outros detalhes. O alvo: reequilibrar as forças da categoria, melhorando a ‘distribuição’ de poles, vitórias e melhores voltas. Depois, em 2025 (ou 2026 se prevalecer a vontade da equipe Red Bull) as unidades de potência serão passadas a limpo. Não faltam montadoras interessas como a poderosa Porsche.

Mas há outras áreas que estão sendo também muito cuidadas pela Liberty. O marketing digital para a conquista de um público mais jovem funciona bem e os dados de audiência são a prova mais contundente. Aí temos o forte envolvimento da categoria nas redes sociais – o piloto Lando Norris é um dos mais ativos nesse setor – o apoio definitivo ao e-esports e, sem dúvida, a série ‘Drive to Survive’, sucesso da Netflix já em sua terceira temporada com a quarta a caminho.

Finalmente, a integração da Fórmula 1 no mundo atual com três ações essenciais: o trabalho pela sustentabilidade com a determinação da eliminação de plástico nos eventos, a redução drástica das emissões de carbono, e a substituição gradativa dos combustíveis fósseis por similares de fontes renováveis; o protagonismo feminino através da associação com a categoria W Series, exclusiva para mulheres, que terá suas oito provas como preliminares da F1 (as três primeiras já foram realizadas durante os GPs da Estíria, Áustria e Inglaterra) e o combate firme e sem concessões contra o racismo.

Não por acaso o piloto Lewis Hamilton foi vítima de manifestações racistas em suas redes sociais depois da corrida deste domingo quando foi punido por um toque que tirou Max Verstappen da corrida. A Red Bull foi uma das primeiras equipes a repudiar as ofensas.

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