Na prática, quase nada. A Mercedes voltou a vencer em Sochi – a sétima em sete corridas – Lewis Hamilton, punido com dez segundos na prova, segue firme na liderança do campeonato, Max Verstappen não tem potência para vencer as Mercedes, mas dá para subir no pódio e a Ferrari continua penando. De concreto, Kimi Raikkönen igual o recorde de Rubinho Barrichello (322 largadas) e Hamilton terá que esperar até Nurburgring, dia 11 de outubro, na Alemanha, para tentar igualar o recorde de Michael Schumacher (91 vitórias).
Hamilton tem 44 pontos de vantagem sobre Bottas e 77 sobre Verstappen; a Mercedes leva 174 pontos sobre a Red Bull e 260 em relação à McLaren. Um domínio que não deixa dúvidas de quem manda na Fórmula 1.
Lewis Hamilton e a Mercedes vacilaram antes do começo da prova, realizando um ensaio de largada em local não determinado pela direção de prova. Cometeram a mesma infração duas vezes seguidas. A Mercedes foi considerada culpada multada em 25 mil euros e os comissários esportivos voltaram atrás e não aplicaram a pena de dois pontos na carteira do piloto. Foi a chave da corrida em relação ao pódio. Hamilton fez o que esperava. Cumpriu a pena de dez segundos no pitstop e depois correu atrás do prejuízo. Chegou em 3º. Não tinha como ir além disso e o resultado, diga-se de passagem, não foi ruim. Bottas, de qualquer forma, voltou a vencer no circuito onde tinha conquistado sua primeira vitória e, habitualmente, se adapta bem ao traçado.
Se Hamilton reclamou a punição, a Mercedes assimilou o golpe.
A questão ainda a ser desvendada é a que reúne o tetracampeão mundial Sebastian Vettel e a Ferrari. No sábado, ele bateu forte e ficou de fora do Q3 assim como Charles Leclerc. Na prova, entretanto, Leclerc alcançou um bom sexto lugar enquanto Vettel terminou na 13ª posição, uma volta atrás do vencedor. No campeonato, Leclerc é o 7º com 57 pontos enquanto Vettel amarga a 13ª posição com 17 pontos. Estou seguro em afirmar que essa disparidade não representa a diferença real entre os dois pilotos. Vettel precisa urgentemente recuperar-se no campeonato para chegar por inteiro e disposto em 2021 quando pilotará o carro verde da Aston Martin para tentar a volta por cima.