A evolução do coronavírus é quem determinará, nas próximas semanas, o rumo do Mundial de F1 2020. Depois do adiamento (sem data) do GP da China (19/4) e o cancelamento do GP da Austrália (neste final de semana), horas antes do primeiro treino, a Federação Internacional de Automobilismo e a F1 anunciaram hoje o cancelamento dos GPs do Bahrein (22/3), que seria realizado com portões fechados, e Vietnã (5/4).

Dessa forma, o campeonato só começará no GP da Holanda (3/5). Mas há quem afirme que o ideal seria abrir o Mundial no GP do Azerbaijão (7/6), quando a Europa, já com temperatura mais alta, estaria com o surto do vírus em declínio. Nesse caso, além dos GPs da Austrália, Vietnã e China, as provas da Holanda, Espanha e Mônaco também não seriam realizadas. Tudo dependerá da evolução da pandemia do coronavírus.

De qualquer forma, há a possibilidade de se remarcar alguma corrida eventualmente adiada para o mês de agosto, entre os GPs da Hungria (2/8) e Bélgica (30/8).

O Mundial de 2020 estava previsto para 22 corridas como o mais longo da história. Entretanto o coronavírus pode transformá-lo no mais curto deste século. No final da década de 90, a Fórmula 1 contava com 16 corridas na temporada.

De um modo geral, a decisão de cancelar a corrida da Austrália, depois de muita discussão e votações, acabou sendo bem aceita. Aparentemente, apenas as equipes Red Bull, Alpha Tauri e Racing Point defenderam até o fim a realização da prova. Mas com forte oposição das montadoras Ferrari, Renault e Mercedes e de pilotos do calibre de Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen, que somam 11 títulos mundiais, a FIA e a F1 julgaram melhor optar pela suspensão do Grande Prêmio.

As equipes McLaren e Haas contam com membros infectados pelo vírus e que, na Austrália, foram obrigados a ficar em quarentena no hotel. Há o risco de mais membros de equipes terem contraído o vírus depois da convivência em Melbourne. A F1 julga que até o início de maio, quando o GP da Holanda será disputado, a situação já estará controlada.