Na Austrália, a Fórmula 1 2020 abre a cortina

Foto: Peter Nicholls/AFP

As dúvidas que ficaram depois dos testes de inverno da Fórmula 1, em Barcelona, começarão a ser esclarecidas a partir do próximo final de semana. O Mundial 2020, mais uma vez, terá a prova de abertura em Melbourne. O ano será duro para as equipes, trabalhando em duas frentes ao mesmo tempo: a disputa do campeonato e a preparação dos carros, com novas regras, para 2021. E ainda pesa a ameaça do Coronavirus sobre a temporada.

Em Barcelona, as Mercedes foram muito rápidas. E além de ficarem na frente dos concorrentes, apresentou um sistema revolucionário – o DAS – Dual Axis Steering (direção de eixo duplo) – para controlar a convergência das rodas e configuração do volante, onde o piloto movimenta a barra de direção para frente ou para trás, buscando alcançar a cambagem ideal. A Mercedes ainda não confirmou se já utilizará o recurso na Austrália.

Campeã de construtores e pilotos nas últimas seis temporadas não dá para negar que a equipe é a grande favorita da temporada. Além de todos os recursos, ela conta com o melhor piloto da atualidade, o hexacampeão mundial Lewis Hamilton que sairá atrás do sétimo título mundial, marca só alcançada por Michael Schumacher. E, talvez, Valtteri Bottas possa acabar se tornando a pedra na sapatilha de Lewis Hamilton.

Agora, se a tarefa da Mercedes será mais fácil ou mais difícil do que nos últimos anos a resposta só virá com o tempo.

A Ferrari, em tese, seria o maior obstáculo para a Mercedes. É a equipe de maior categoria e experiência com dois pilotos de ponta – Sebastian Vettel e Charles Leclerc – e também todos os recursos disponíveis. Entretanto, a equipe não vem acertando na preparação de um carro realmente capaz de enfrentar o desafio. Isso ocorreu no ano passado e, parece, a equipe está decepcionada com o projeto 2020. Pode ser um blefe? Tudo é possível.

Se a Ferrari não cumprir esse papel será a Red Bull com o motor Honda a adversária da vez. É verdade que os carros da Red Bull surpreenderam no ano passado, foram bem nos testes de Barcelona, e deverão andar mais este ano. E Max Verstappen vai se afirmando como um piloto cada vez melhor. A questão é saber se terá condições de manter um alto nível de competição ao longo das 22 (ou 21) corridas da temporada. A regularidade é essencial em um campeonato longo e difícil como o da Fórmula 1.

Poderemos ter alguns bons resultados da Racing Point, com um carro que utilizará todos os recursos permitidos da Mercedes, da McLaren que vai se despedir da Renault (em 2021 correrá com motores Mercedes), da própria Renault que trabalha duro.

Em relação ao ano passado, o grupo das equipes médias está mais equilibrado, prometendo mais disputa.

O único GP em dúvida nesta temporada é o da China, adiado por conta do Coronavirus, mas não cancelado por enquanto. A Fórmula 1 ainda tenta inclui-lo em outra data, no segundo semestre. Já o GP do Bahrein, o segundo da temporada, será disputado com portões fechados segundo os organizadores pelo mesmo motivo.

O GP da Austrália será disputado na madrugada de sábado para domingo, às 2h10, com transmissão ao vivo pela TV Globo e BandNews FM, com a equipe de Odinei Edson. No sábado, o treino de classificação começa às 3h00.

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