A Mercedes encerrou os testes de inverno com a mesma força de 2019. Inovou com a barra móvel de direção e Valtteri Bottas ficou com as duas melhores marcas dos seis dias de treinos em Barcelona. A Ferrari teve problemas com o pacote aerodinâmico – admitidos pela escuderia – e a Red Bull foi discreta e mostrou cautela. A Racing Point cresceu – adotando elementos da Mercedes – e Alfa e Williams estão melhores do que no ano passado. Se ainda há dúvidas sobre a relação de forças entre as equipes, a partir do GP da Austrália, dia 15 de março, a expectativa é que a Mercedes continue dominando a Fórmula 1.
Valtteri Bottas, o mais rápido na primeira semana de testes, ratificou essa posição na tarde dessa sexta, com pneus macios, quando cravou o tempo de 1min16s196, o melhor dos últimos três dias e o segundo na classificação geral. Atrás dele, depois de treinos discretos, apareceu Max Verstappen, com a Red Bull/Honda (1min16s269) equipada também com pneus macios.
Vale lembrar que a Mercedes foi responsável pela principal inovação durante os testes. O DAS – direção de eixo duplo – permite que o piloto modifique a cambagem e a configuração do volante sem precisar voltar ao boxe. A Fórmula 1 ainda não avaliou a vantagem que este recurso poderá dar aos pilotos Lewis Hamilton e a Valtteri Bottas mas ele é legal, segundo a FIA.
Daniel Ricciardo, com pneus macios, foi o terceiro mais rápido no último dia dos testes de inverno, em Barcelona. E a marca – 1min16s276 – mostrou que a Renault conseguiu evolução com a atualização aerodinâmica. Os dois melhores tempos dos seis dias ficaram mesmo com Valtteri Bottas – 1min15s732 e 1min16s196, respectivamente.
O treino dessa sexta revelou ainda bons resultados para Charles Leclerc (1min16s360) com pneus duros e Lewis Hamilton (1min16s410) com pneus médios. Hamilton, que não pôde treinar na quinta, foi para a pista com um novo motor. Destaque ainda para a Racing Point que, utilizando pneus duros, obteve um bom tempo com Sergio Perez – 1min16s658 – fazendo com que o piloto já admita a possibilidade de disputar posições com Ferrari e Red Bull nas primeiras etapas do Mundial.
Agora os carros serão embarcados para a Austrália. A Liberty Media e a FIA ainda não sabem se o GP da China será definitivamente cancelado ou se haverá alguma forma de encaixá-lo no segundo semestre. O Mundial, portanto, poderá ter 21 ou 22 corridas, dependendo dessa decisão.