A Fórmula 1 chega aos 70 anos e começa a desenhar as próximas temporadas. De 2020 para 2021, o salto será grande com as novas regras já anunciadas e um embate entre pilotos da nova geração que devem tornar a disputa mais acirrada. Preocupadas com a concorrência pelos melhores pilotos, alguns contratos já estão sendo estendidos antes mesmo do início do Mundial 2020.
As duas principais novidades foram a renovação das permanências de Charles Leclerc na Ferrari até 2024 (!) e de Max Verstappen até 2023 (!) na Red Bull. Em um ano em que esses dois pilotos marcaram forte presença nas pistas, as respectivas equipes não quiseram correr riscos e ofereceram contratos a longo prazo.
Sergio Perez também ficará na Racing Point até 2022 e Esteban Ocon está confirmado na Renault até o final de 2021.
Pilotos jovens como Lando Norris, George Russell e Alexander Albon dividirão as atenções, concorrendo a cockpits mais ambiciosos no futuro
Dessa forma, a situação de pilotos como Lewis Hamilton, Sebastian Vettel, Valtteri Bottas e Daniel Ricciardo começa a tomar forma. Na Ferrari, por exemplo, a situação de Vettel dependerá muito do que ele conseguir realizar este ano. O contrato vence no final do ano e não há um movimento rumo à renovação. Vettel terá um duro embate com Leclerc e, ao mesmo tempo, terá que se impor contra os demais adversários. Caso contrário, em 2021, poderá mudar de equipe. Já se fala na McLaren que voltará a correr com motores Mercedes. Para seu lugar já haveria um candidato: Daniel Ricciardo.
Lewis Hamilton chegou aos 35 anos e seu futuro é incerto. De concreto, ele tem como objetivo igualar a marca de Michael Schumacher, conquistando o sétimo mundial. E terá condições, em 2020, de superá-lo em número de vitórias. Poderá tanto abandonar as pistas como permanecer na Mercedes. Uma troca de equipe parece, por enquanto, improvável. Se sair, poderá abrir para George Russell.
Se Hamilton continuar correndo, Valtteri Bottas pode permanecer mais tempo. Os dois se dão bem e Bottas é o companheiro perfeito para o hexacampeão.
Na prática, teremos um campeonato longo, difícil, com 22 corridas em 2020. E, além da disputa pelos títulos de pilotos e construtores, pelas poles e vitórias, o Mundial deste ano também colocará em cheque a competição entre veteranos e uma geração nova e promissora.