Vettel erra. E Hamilton faz a festa na casa da Ferrari.

Foto: Andrej Isakovic/AFP

A Ferrari tinha o melhor carro. Largou com os dois pilotos na primeira fila. Mas uma falha de Sebastian Vettel pôs tudo a perder. O alemão, em vez de seguir Kimi Raikkönen, o pole, resolveu decidir logo a parada e não se preocupou em defender a posição. Lewis Hamilton aproveitou o vacilo, colocou-se ao lado de Vettel e o toque foi inevitável. O piloto da Ferrari caiu para o último lugar e perdeu a chance de luta pelo pódio.

Esse o resumo da corrida extraordinária em Monza, com muitas disputas e muito uso do vácuo. Lewis Hamilton lutou para conseguir superar Kimi Raikkönen e só conseguiu quando os pneus da Ferrari já estavam desgastados. A questão é que Hamilton é consistente e nunca se conforma com um resultado. Quer sempre mais. Dificilmente comete erros e transforma derrotas previsíveis em vitórias. No GP da Itália não foi diferente.

O final de semana em Monza foi agitado. No sábado, Kimi Raikkönen conquistou a pole estabelecendo a volta mais rápida da história da F1 com média horária de 263,587 km. A anterior pertencia à Juan Pablo Montoya com 262,242 km/h, cravada com Williams em 2004, neste mesmo circuito de Monza. Antes, na sexta, o sueco Marcus Ericsson capotou quatro vezes com sua Sauber no mais impressionante acidente do ano. Saiu ileso graças ao halo.

A Ferrari estava pronta para celebrar a vitória, de preferência fazendo a dobradinha sobre a Mercedes e reduzindo a vantagem de Lewis Hamilton no Mundial de Pilotos e no Mundial de Construtores. Deu tudo errado. A diferença entre Hamilton e Vettel, que era de 17 pontos, passou para 30. E no Mundial de Construtores, a Mercedes está na frente com 15 pontos de vantagem.
Bem, o campeonato tem ainda sete provas até o final e, portanto, 175 pontos em jogo. Resta saber como a Ferrari pretende aproveitar a vantagem de seu motor e iniciar uma luta aberta pelo título. Em Cingapura, por exemplo, palco da próxima etapa, dia 16 de setembro, a Ferrari costuma andar melhor. Não pode perder a chance para reduzir a diferença de pontos.

Uma questão não muito bem resolvida refere-se à situação de Kimi Raikkönen que fez um trabalho brilhante no final de semana. Seu contrato vence no final do ano e, embora a Ferrari não tenha confirmado, ele não deverá continuar na escuderia. Os comentários dão conta de que Charles Leclerc ficará com a vaga. Resta saber, em confirmado-se essa informação, como Raikkönen pretende encarar suas sete últimas corridas pela Casa de Maranello.

Sobre a Red Bull, dois detalhes: Daniel Ricciardo parece que já jogou a toalha e perdeu o interesse no campeonato (ele defenderá a Renault, em 2019). E Max Verstappen, mais uma vez, foi punido por um toque em Valtteri Bottas. Ele não concordou com a decisão. Mas Verstappen é Verstappen. Quando pode ele vai para cima de quem está na frente, doa a quem doer.

O 47º Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece nos dias 9, 10 e11 de novembro no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Os ingressos para a corrida, informações e imagens em 360 graus dos setores estão disponíveis no único site oficial do evento: www.gpbrasil.com.br. O GP Brasil também está no Instagram e Facebook: gpbrasilf1

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