Depois do inesperado contrato de Daniel Ricciardo com a Renault, abrindo uma importante e cobiçada vaga na Red Bull, eis que Fernando Alonso anuncia o fim de sua carreira na Fórmula 1. E a McLaren tem agora mais uma vaga no intrincado jogo para a formação do grid de 2019. A dúvida é se o belga Stoffel Vandoorne, que estava de saída, permanecerá na McLaren, talvez fazendo dupla com o espanhol Carlos Sainz Jr. Esta é uma das questões que o novo diretor esportivo da escuderia, o brasileiro Gil de Ferran, tem pela frente.

Alonso, 37 anos, deixará a F1 no fim do campeonato, depois de 17 anos, 32 vitórias, 22 poles, 97 pódios e dois títulos mundiais (2005 e 2006), ambos conquistados em Interlagos.

Na Red Bull, até prova em contrário, o favorito para a vaga de Ricciardo é o francês Pierre Gasly. Já se criou a suspeita que o piloto não seria ‘bem-vindo’ por Max Verstappen. Mas o holandês negou qualquer veto a Gasly. Se Gasly for para a Red Bull, a Toro Rosso poderia abrir duas vagas já que Brendon Hartley não parece fazer parte dos planos para 2019.

A questão agora é aguardar a decisão da Ferrari em relação a Kimi Raikkönen. Acho que a dúvida sobre o companheiro de Sebastian Vettel no ano que vem está deixando algumas equipes em compasso de espera. A Ferrari, até a morte de Sergio Marchionne, estava se encaminhando para a troca de Raikkönen por Charles Leclerc, piloto da Sauber mas com vínculo na Ferrari. Agora, não se sabe ao certo se o projeto de Marchionne será efetivado. Se for, Raikkönen poderia interessar à Red Bull e, principalmente, à McLaren para dar continuidade no trabalho da equipe com os motores Renault. Raikkönen é experiente e tem no currículo um título mundial que pode pesar.

Se Leclerc for para a Ferrari abrirá uma vaga na Sauber. Ou talvez duas se os dirigentes reconhecerem que Marcus Ericsson não tem o perfil que desejam.

Há outros espaços abertos. Com a compra da Force India – que provavelmente ganhará outro nome em 2019 – pelo grupo liderado por Lawrence Stroll, uma das vagas será de Lance Stroll. O segundo piloto poderia ser Sergio Perez. Com a ida de Stroll para a Force India, a Williams perderá o piloto e os dólares canadenses. Não se sabe quem poderá substitui-lo (a equipe precisa de dinheiro). Sergey Sirotkin, salvo surpresa, deve continuar.

A Haas, a priori, deve manter sua dupla. O problema é que Romain Grosjean não vem conquistando resultados mais expressivos embora a equipe continue com uma nítida evolução técnica graças à parceria com a Ferrari.

O 47º Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece nos dias 9, 10 e11 de novembro no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Os ingressos para a corrida, informações e imagens em 360 graus dos setores estão disponíveis no único site oficial do evento: www.gpbrasil.com.br. O GP Brasil também está no Instagram e Facebook: gpbrasilf1