Fórmula 1 elétrica? Assunto para o futuro

O diretor técnico da Liberty Media, Ross Brawn, que conhece muito a Fórmula 1, deu uma entrevista dizendo que, se assim se decidisse, a F1 poderia utilizar motores elétricos no futuro – em cinco ou dez anos. O assunto cresceu,

Foto: Boris HORVAT/AFP

mas parece muito distante. Entre outros motivos está o contrato de exclusividade que a FE tem com a FIA segundo o qual outra categoria de monopostos só poderia utilizar a eletricidade depois de 25 temporadas da FE. E ela só disputou quatro até agora.

Digamos que a questão do direito de exclusividade da FE seja contornada pela FIA. Qual a vantagem que a F1 teria em se tornar mais parecida com a FE? Do ponto de vista de marketing talvez não fosse uma ideia inteligente.

Há quem ‘leia’ na entrevista de Ross Brawn um recado às montadoras que resistem às mudanças que a empresa proprietária da Fórmula 1 pretende introduzir na categoria a partir de 2021 com novas regras para os motores, buscando mais equilíbrio e custos menores. Nem todos concordam mas a Liberty Media não parece disposta a abrir mão do projeto. O recado seria: “aceitem as mudanças ou teremos que pensar em uma solução mais radical”.

Portanto, a Fórmula 1 não descansa nem em suas tórridas – a Europa ferve – férias de agosto. E outros assuntos estão na ordem do dia.

1 – Force India I – A composição de sete investidores liderados pelo milionário canadense Lawrence Stroll (pai do Lance Stroll) salvou a equipe da falência. Os credores receberão o que tem direito e a equipe continuará alinhando no grid até o final da temporada. No ano que vem, um dos pilotos, pelo menos, abrirá a vaga para a chegada de Lance Stroll, possivelmente Esteban Ocon.

2 – Force India II – Preparando-se para o ano que vem, Max Verstappen vem elogiando seguidamente os motores Honda que considera excelentes. Ele está demonstrando que está realmente impressionado com a tecnologia dos motores nipônicos.

3 – Williams – Sem os dólares de Lawrence Stroll e sem um patrocinador forte, a escuderia se prepara para um ano ainda mais difícil em 2019. Nenhuma solução, por enquanto, foi anunciada.

4 – Red Bull – Repercutiu com força a entrevista de Christian Horner, diretor da equipe, ao podcast oficial da Fórmula 1. Entre outras afirmações, Horner disse que não cogitou um convite para Fernando Alonso para a vaga aberta por Daniel Ricciardo porque o espanhol ‘causa’ muito e prejudicaria o ambiente. E afirmou que Ricciardo saiu porque temia se tornar um ‘escudeiro’ de Max Verstappen. A princípio, Pierre Gasly continua sendo o favorito para a vaga de Ricciardo.

5  – Ferrari – Até o GP da Itália, a equipe deverá anunciar quem formará dupla com Sebastian Vettel no ano que vem: Kimi Raikkönen (como prefere Vettel) ou Charles Leclerc (como desejava o falecido Sergio Marchionne, ex-presidente do grupo Fiat-Chrysler).

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