Glamour? Em Mônaco os pilotos querem o pódio.

(Foto: Jean Christophe Magnenet/AFP)

Não vamos falar de charme ou ‘glamour’. Esses clichês, muitas vezes, escondem que o essencial na corrida de Fórmula 1 no Principado – disputada desde 1950 com a vitória de Juan Manoel Fangio – é a habilidade do piloto em obter um ótimo tempo de classificação e evitar o toque no muro nas 78 voltas da corrida. Não é para todos. A proximidade do guard-rail e dos prédios muito próximos podem provocar tensão e, muitas vezes, enjoo capaz de comprometer definitivamente o desempenho do piloto. No próximo domingo, às 10h10, não deverá ser diferente.

A ideia ultrapassada de que Mônaco era só charme vem do fato de que o Principado é a residência oficial de celebridades. E os que não residem na cidade, ancoram seus barcos no porto na semana do GP. Fora isso, o festival de cinema na vizinha Cannes também contribui com um bom número de atores e atrizes e profissionais da sétima arte no paddock da corrida, excitando caçadores de selfs e fotógrafos paparazzi. Completando o quadro, há sempre a presença de nobres europeus convidados da realeza monegasca. Mas na pista a história é outra.

Como o traçado é estreito, difícil de ultrapassar, média de velocidade baixa, largar na frente é mais importante do que em outros circuitos. Daí que a corrida, para muitos, pode ser dividida em duas partes. A primeira no sábado, às 10h, quando os pilotos disputarão o grid de largada. Quem sair na frente já terá conquistado uma boa parte do pódio.

Sebastian Vettel, com Ferrari, no ano passado, quebrou uma sequência de quatro vitórias da Mercedes – três de Nico Rosberg e uma de Lewis Hamilton – e isso, por si só, garante uma certa imprevisibilidade para a prova. Vettel e Hamilton venceram duas vezes cada nesse circuito assim como Fernando Alonso entre os pilotos que disputam o Mundial 2018. Muito longe ainda das seis conquistas de Ayrton Senna, recordista absoluto de vitórias nessa pista. Coincidentemente, Rosberg é um morador antigo de Mônaco assim como foi Ayrton Senna. Hamilton mora em Mônaco há menos tempo. Dessa forma será interessante também observar como um piloto em ascensão como Charles Leclerc, nascido e criado em Monte-Carlo se dará na prova.

Convém lembrar que a última vitória da Red Bull foi 2012 com Mark Webber. Será ela a surpreender este ano?

Na disputa do campeonato, a obrigação da Ferrari é endurecer o jogo e impedir de todas as formas que Lewis Hamilton aumente sua vantagem de 17 pontos sobre Sebastian Vettel. A tarefa não é das mais fáceis.

O 47º Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece nos dias 9, 10 e11 de novembro no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Os ingressos para a corrida, informações e imagens em 360 graus dos setores estão disponíveis no único site oficial do evento: www.gpbrasil.com.br. O GP Brasil também está no Instagram e Facebook: gpbrasilf1

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