Com quebra de recorde, Ricciardo é favorito em Mônaco

Foto: AFP

Ninguém chegou perto de Daniel Ricciardo em Mônaco nos treinos livres e no treino de classificação. O novo recorde de pole que ele cravou na primeira metade do Q3 – 1min10s810 – tem duas explicações: o carro da Red Bull está perfeitamente equilibrado para andar na frente e os pneus hipermacios, estreando na F1, se adaptaram muito bem ao asfalto do Principado.

A melhor marca de pole até então pertencia a Kimi Raikkönen, com Ferrari, estabelecida no ano passado com 1min12s178. A distância é abissal. Não se pode colocar em dúvida a grande chance de se quebrar o recorde da corrida neste domingo, 10h10 (transmissão pela TV Globo e BandNews FM, com Odinei Edson). A volta mais rápida na corrida de Mônaco ainda pertence a Michael Schumacher, em 2004, com 1min14s434.

Daniel Ricciardo conquistou hoje a sua segunda pole position da carreira (a primeira também foi em Mônaco, em 2016). Curiosamente, seu companheiro de equipe, Max Verstappen também repetiu o que fez em 2016: bateu forte no S da Piscina, ainda no Q1, quebrou a suspensão e largará em último lugar.

Mônaco é um traçado lento e, dessa forma, a importância do motor é mais relativa. Uma aerodinâmica eficiente pode suprir muito bem uma desvantagem na potência do motor. E essa é o trunfo da Red Bull para a corrida. Ricciardo é um piloto equilibrado, não costuma cometer erros e pode conduzir seu carro à vitória. É claro que não se pode subestimar seus dois diretos perseguidores, Sebastian Vettel que largará ao seu lado, e Lewis Hamilton que sofreu para levar o carro da Mercedes ao terceiro lugar. Na corrida outros fatores entrarão em ação: estratégia correta, troca de pneus e, é claro, quem puder levar alguma vantagem com a eventual presença de um safety car na pista.

A ausência de Verstappen no Q3 – um dos lugares certamente seria dele – permitiu que Pierre Gasly, com Toro Rosso/Honda, passasse para a última etapa da prova de classificação. Um prêmio para o piloto que já é apontado como favorito para ocupar o lugar de Daniel Ricciardo, no ano que vem, caso o australiano se transfira para a Ferrari ou Mercedes. E um alento para a própria Red Bull que poderá utilizar os motores Honda em substituição aos Renault na próxima temporada.

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