A Ferrari e o pulo do gato

Foto: Saeed KHAN/AFP

Aplicação. Esta pode ser a palavra que definiu a vitória de Sebastian Vettel na bela abertura do Mundial de Fórmula 1 2018, em Melbourne, na Austrália. O alemão arriscou-se alongando ao máximo o uso do primeiro jogo de pneus. Jogou com o histórico desta corrida que sempre aponta para alguns incidentes na pista. Não deu outra.  Voltou do único pit stop, depois da 26ª volta, na liderança e garantiu o primeiro lugar.

Tudo indicava uma vitória sem percalços de Lewis Hamilton, sempre o mais veloz e constante desde os treinos livres de sexta.  Quebrou o recorde da pole position no sábado. E largou na frente sem ser ameaçado.

Isso permaneceria assim não fosse os bizarros acidentes com os dois carros da equipe Haas que, por falha humana ou mecânica, não tiveram as rodas corretamente fixadas no pit stop. Kevin Magnussen (pneu traseiro esquerdo) e Romain Grosjean (pneu dianteiro esquerdo) foram obrigados a abandonar a corrida. O carro de Grosjean ficou em um ponto delicado da pista obrigando o safety car. Vettel, que liderava a prova porque era o único que não tinha trocado os pneus, voltou na frente, surpreendendo Lewis Hamilton. Mas a história já estava traçada.

Vettel não fez a volta mais rápida que ficou com Daniel Ricciardo, com 1min25s945. O alemão foi apenas o 4º, atrás de Lewis Hamilton; no speed trap que aponta as velocidades máximas alcançadas por cada piloto, Vettel foi apenas o 17º. Nico Hulkenberg, com Renault, foi o 1º alcançando 319,7 km/h (Lewis Hamilton foi o 5º nesse quesito). Esses dados reforçam o fato de que a aplicação da equipe Ferrari, com uma estratégia precisa, definiu o resultado da corrida.

Embora com dificuldades de ultrapassagem – uma característica do traçado de Melbourne resolveram que os três trechos do DRS não  – a corrida teve três duelos permanentes no pelotão da frente, mantendo a expectativa até o final: Vettel X Hamilton, Raikkönen X Ricciardo, Alonso X Verstappen.

O que o GP da Austrália mostrou: a McLaren melhorou muito e a medida que for se adaptando aos motores Renault poderá chegar mais perto das três equipes de ponta; apesar dos problemas de equilíbrio no carro de Max Verstappen, a Red Bull está definitivamente na luta por vitórias. Que a temporada será melhor do que em 2018 não há dúvida. A Haas, não fosse o problema na troca dos pneus, terminaria bem a corrida. Equipados com motores Ferrari, a Haas deve fazer um bom campeonato. A Toro Rosso, agora com Honda, não foi tão bem como nos testes de inverno. A Williams e a Sauber não prometem muito. E a Force India decepcionou. O próximo GP será no Bahrein, dia 8 de abril.

O 47º Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece nos dias 9, 10 e11 de novembro no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Os ingressos para a corrida, informações e imagens em 360 graus dos setores estão disponíveis no único site oficial do evento: www.gpbrasil.com.br. O GP Brasil também está no Instagram e Facebook: gpbrasilf1.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *