A volta da Fórmula 1. Em grande estilo.

Fernando Dantas/Gazeta Press

Carros com halo, novo horário, imagens mais arrojadas. A Fórmula 1 começa a temporada de 2018 no próximo final de semana em Melbourne, na Austrália. A largada da primeira corrida do ano será às 2h10 da madrugada de sábado para domingo; o treino de classificação, às 3h, de sexta para sábado.  Pela primeira vez na história da F1, a disputa reunirá dois tetracampeões, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel. A maioria das corridas teve o horário alterado para garantir mais audiência e permitir que as tevês mostrem mais imagens antes da bandeira verde. A Mercedes larga como favorita mas…

Com base no final da temporada de 2017 e no que as equipes apresentaram durante os testes de inverno, em Barcelona, o tetra Lewis Hamilton pode ser considerado o principal favorito. Mas o retrospecto dos pilotos da atual geração da F1 não é favorável a ninguém. Vettel e Hamilton têm duas vitórias no circuito – Vettel venceu no ano passado com Hamilton em 2º – e quem mais venceu nos últimos dez anos foi Jenson Button, com três conquistas, mas que não disputa o campeonato. Nico Rosberg também soma duas vitórias mas abandonou a F1 em 2016, após conquistar o título mundial.

A verdade é que a estratégia na Austrália é sempre previsível. O circuito é simples, sem grandes dificuldades, permitindo a quem estiver com o equipamento melhor chegar na frente. Surpresas em Melbourne não são lá muito habituais.

O que muda em relação ao ano passado é que a Ferrari está mais próxima da Mercedes. E a Red Bull mais perto da Ferrari. Levando-se em consideração que a Red Bull conta com dois pilotos muito velozes e agressivos, se a escolha de pneus for acertada – não só o asfalto mas também as condições meteorológicas influem – Daniel Ricciado e Max Verstappen podem surpreender e fazer jus ao logo da Aston Martin que estará nos carros da equipe. Já Ferrari e Mercedes jogam mais com seus dois primeiros pilotos já que Kimi Raikkönen e Valtteri Bottas não têm acompanhado de perto seus respectivos companheiros de equipes. Quem sabe, como fez no Brasil, Max Verstappen bate o recorde da prova que ainda pertence a Michael Schumacher e foi estabelecido em 2004 com o tempo de 1min24s125.

No que se refere à luta pela vitória e as três posições do pódio, este é o resumo das possibilidades. Mas outros elementos estarão em jogo neste início do Mundial de Fórmula 1 2018.

Particularmente, o que provoca mais interesse é a McLaren com motor Renault e a Toro Rosso com motor Honda. É claro que não dá para comparar as duas equipes. A McLaren é uma das grandes da história da F1, tem peso, tradição, responsabilidade. E conta com um grande piloto, Fernando Alonso. A Toro Rosso é só o plano B da Red Bull. Mas quando Alonso ‘demitiu’ a Honda para continuar na equipe e a Toro Rosso aceitou os motores Honda, cedendo o piloto Carlos Sainz Jr para a equipe Renault, a história mudou. E se a Toro Rosso passar a render mais com a japonesa Honda e a McLaren não chegar onde pretendia com o motor Renault? Seria essa a ‘vendetta’ da Honda? A marca quer provar que é capaz de produzir um motor de ponta e, talvez, equipar a Red Bull no ano que vem.

Fora isso, a Force India deverá continuar bem com os rivais Sergio Perez e Esteban Ocon.  A Williams terá que usar fortes argumentos para mante Robert Kubica como reserva deixando Sergey Sirotkin como titular. E a Sauber, agora equipe B da Ferrari, precisa se esforçar para justificar o nome da Alfa Romeo em seus carros. Pelo menos, a equipe tem um piloto indicado pela Ferrari que promete muito: o monegasco Charles Leclerc.

Bem, acho que teremos mais um bom ano na F1. E, é bom lembrar, os ingressos para o GP Brasil, dias 9, 10 e 11 de novembro em Interlagos, já estão à venda pelo ÚNICO site oficial do evento: www.gpbrasil.com.br.  O GP Brasil de F1 também virá com novo horário: 15h10.

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