Fórmula 1 na pista a partir desta segunda. Equipes mostram suas armas.

Foto: Justin TALLIS/AFP

Os pilotos da Fórmula 1 terão nesta semana a primeira oportunidade de conhecerem suas reais possibilidades no Mundial 2018, com o início dos testes de inverno em Barcelona. Uma coisa são os simuladores, os cálculos, o visual novo. Outra é o carro na pista com todo os imprevistos, o rendimento em longa distância, a velocidade final, a confiabilidade. Os carros não mudaram muito e as equipes principais estão com os mesmos pilotos. Mercedes e Ferrari sairão na frente?

Os testes de inverno nem sempre são conclusivos. No ano passado, por exemplo, o caso da Williams é clássico. Felipe Massa andou rápido, esteve entre os primeiros e, no campeonato, não conseguiu repetir a mesma atuação. Os testes servem para as equipes reajustarem os carros. Quem estiver mal, tem a chance de mudar e começar o campeonato com um carro mais eficiente. Quem está bem deve ficar atento para não ser surpreendido ao longo do ano.

Os modelos 2018 trazem o halo de proteção do cockpit como uma das novidades, alterando seu visual. A princípio eles não deverão afetar o desempenho na pista, apesar de seus quase 14 quilos. É verdade que o halo altera o centro de gravidade. Mas do ponto de vista aerodinâmico, ele foi projetado para não ser um anteparo ao ar, comprometendo a velocidade final.

Entre os carros apresentados, a Mercedes veio com uma aparência mais convencional enquanto sua rival, a Ferrari, trouxe de volta o vermelho sangue dos anos 60. E como a maioria das equipes, os carros vem equipados com as proteções laterais anti-impacto. A Mercedes e a McLaren foram as únicas, até agora, que apresentaram os carros sem as proteções.

A Ferrari aumentou a distância entre-eixos de seu novo SF71H enquanto a Mercedes fez o caminho inverno, reduzindo a distância entre-eixos do H09 Hybrid, ambos em relação aos respectivos modelos de 2017. A Mercedes fez alterações no sistema de suspensão com foco principal nos traçados e trechos de baixa velocidade, um ponto vulnerável no ano passado.

A Red Bull, que pode ser um ponto de inflexão na disputa entre Ferrari e Mercedes, vem com a frente mais estreita, solução também adotada pela Sauber em busca de um melhor rendimento aerodinâmico. Também a Williams rompeu com o padrão do ano passado, introduzindo mudanças laterais, no sistema de suspensão e detalhes aerodinâmicos.

Veremos, pela primeira vez, o logo da Aston Martin na Red Bull – futura participação técnica? – e o inestimável símbolo da Alfa Romeo na Sauber, agora uma equipe número dois da Ferrari.

E ainda, para resumir, duas experiências de resultados imprevisíveis neste começo de temporada: a McLaren estreando os motores Renault e um tom entre amarelo e laranja que remete às origens, empolgando o piloto Fernando Alonso, e a Toro Rosso que trocou o piloto Carlos Sainz pelo uso exclusivo dos motores Honda. Ferida em seus brios depois de ser ‘demitida’ da McLaren, a Honda tentará provar que a McLaren errou? As respostas começam nesta segunda.

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