Se o Brasil é a terra do futebol, os EUA são a terra do futebol feminino. Hoje, isso não é surpresa pra ninguém. Nesta terça-feira, o país — mais especificamente a cidade de Kansas City, no centro-oeste americano — apresentou mais um avanço para a modalidade: anunciou a construção do primeiro estádio projetado pensando, especificamente, no futebol feminino.
A casa do Kansas City NWSL, time de futebol feminino profissional da cidade, deve custar cerca de 70 milhões de dólares (mais de 389 milhões de reais).
Além de muito dinheiro, esse avanço tem muito amor envolvido: Brittany Matthews, uma das donas da equipe, e sua família já se destacam quando o assunto é esporte na “capital do futebol nos EUA”. Isso porque a empresária é noiva de Patrick Mahomes, quarterback e astro do Kansas City Chiefs, time de futebol americano da região, que chegou as duas últimas edições do Super Bowl.
O outro par romântico importante nesse desenvolvimento é figurado pelos sócios de Brittany, Angie e Chris Long, que são casados e, juntos, investem na equipe.
“Existem jogadoras de futebol incrivelmente talentosas neste país e no mundo, e as pessoas querem pagar para ir aos jogos, assistir e apoiar”, disse Angie, que foca em ver a casa cheia. No projeto inicial, o estádio terá capacidade para 11 mil pessoas, mas a dona da equipe não descarta a possibilidade de expansão. “Isso não vai embora. [O futebol feminino] está crescendo”.
O anúncio foi feito algumas semanas depois de o time também comemorar a intenção de construir um centro de treinamento de 15 milhões de dólares para as atletas. Ambas as instalações serão financiadas de forma privada.
Temporariamente chamado de Kansas City, o time revelará seu nome permanente no próximo sábado, quando encara o OL Reign, de Megan Rapinoe, em casa.
Em sua primeira temporada na Liga de futebol feminino dos EUA, o KC NWSL recebeu seus rivais no Legends Field, originalmente um estádio de baseball. No próximo ano, as partidas como anfitrião acontecerão no Children’s Mercy Park, casa do Sporting Kansas City, time de futebol masculino. O objetivo é que o novo estádio esteja pronto para a temporada de 2024.
EUA saindo na frente novamente.
Acreditando no potencial feminino e obviamente visando o lucro futuro.
Que venha muitos outros incentivos ao futebol feminino. Crescendo a cada dia !
Parabéns pela matéria.
O futebol feminino do Brasil para começar a ser profissionalizar precisamos criar sindicatos, associações para se organizar, exigir equidade com o masculino onde for possível e justo. Participar de projetos de leis no Congresso, exigir contrapartidas das federações e confederações. Questões como direito de imagem, exigências de carteiras de trabalho assinadas, participações dos clubes nas leis de incentivo do futebol, participações em jogos das loterias, jogos em horários e estádios descente, cobranças de ingresso etc. Só pensar em um calendário é pouco..