Nessa altura do campeonato (que no caso, acabou), você já sabe que o Corinthians levou a melhor, em cima do Palmeiras, na final do Brasileiro feminino. Dois times que merecem muito chegar aonde chegaram por motivos que já falamos aqui: eles levam o futebol delas a sério, em meio a tantos avanços na modalidade.

A edição de 2021 do campeonato nacional coroa, justamente, uma temporada repleta de “passos sólidos”, como escreveu Aline Pellegrino, coordenadora de Competições Femininas da CBF, em suas redes sociais. São acordos comerciais, um melhor nível técnico e maior visibilidade. Para se ter uma ideia, no duelo de ida entre Corinthians e Palmeiras, a Bandeirantes chegou ao terceiro lugar da audiência na Grande São Paulo — a melhor noite de domingo da Band em 2021, com média de 5,2 pontos de audiência.

Ao todo, a competição esteve disponível em seis canais diferentes. Um deles, o Desimpedidos, transmitiu 15 partidas (uma por rodada) somando de mais de 4,6 milhões de visualizações no YouTube, uma média de 309 mil visualizações por partida.

O Sportv, por sua vez, entrou em campo a partir das quartas de final e, no último domingo, atingiu a liderança entre a TV fechada, com 1,5 ponto na Grande São Paulo.

Ainda há, claro, quem diga que “ninguém quer ver futebol feminino”. A verdade, agora sabemos, é que há público, há torcida e há patrocinadores interessados. E cada dia terão mais. É um ciclo. Pra ele ser visto, só precisa ser transmitido.