Reflexões sobre estágio baseado no livro Pedagogia da Autonomia

 

Ensinar exige respeito à autonomia do ser educando (FREIRE, 1996) inclusive, quando criança. Essa expectativa se concretiza claramente na Unidade Universitária de Desenvolvimento da Criança – UUNDC – durante todas as aulas e atividades desenvolvidas na instituição. Os professores têm respeito à curiosidade e inquietude das crianças. As atividades, os projetos, as brincadeiras sempre partem das crianças, dos interesses que eles apresentam, elas fazem parte das decisões pertinentes às aulas.

De início não conseguia perceber isso como um aspecto tão positivo, talvez por ter vivenciado uma educação autoritária durante grande parte da minha educação básica, percebia algumas atitudes e decisões das crianças, durante as aulas, como egocêntricas, muitas vezes desrespeitando aos colegas. Sentia falta de um posicionamento mais rígido por parte dos professores.

Depois de algumas reflexões acerca dos pontos citados anteriormente, decidi realizar uma leitura do tópico: Ensinar exige liberdade e autoridade (FREIRE, 1996), onde o autor reafirma seu posicionamento a favor da liberdade, desde que esta respeite a ética, desde que exista respeito mútuo entre professor e educando.

Nesse momento, lembrei-me de um episódio ocorrido no estágio, em que uma criança falou palavrões, a professora foi até a criança e questionou se essa atitude foi legal, a criança respondeu que sim, então a professora tornou a afirmar que ela não deveria falar dessa forma, porém, a aluna continuou a falar e ficou por isso.

Após refletir sobre os dois capítulos escritos por Paulo Freire, percebo totalmente positiva a aposta na liberdade para a educação, em especial na educação infantil, mas sinto falta da autoridade do professor nos momentos necessários.

Texto de : ERIKA SANTOS DA SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC INSTITUTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES –

Daniel Carreira Filho

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