Lutas, Esportes de Combate ou Oposição com olhares distintos no seio da escola, pode?

Pensar em Educação Física Escolar e as Lutas, Esportes de Combate, Artes Marciais pode nos remeter a inúmeros encaminhamentos, que tal estes que se encontram no trabalho do professor Pedro Perroud Palma em seu trabalho para o Mestrado em Ciências da Escola de Educação Física e Esporte da USP;

[…] podemos conjecturar que o desencadeamento de comportamentos violentos depende diretamente da maneira como se conduz a tematização do referido conteúdo; o que inclusive, pode valer também para outras práticas corporais. Uma vez fundamentado e tratado pedagogicamente, o tema pode, além de diminuir o risco de conflitos e situações hostis (NASCIMENTO; ALMEIDA, 2010), oferecer uma experiência que também permita ao aluno contemplar e formar opinião sobre essas atividades; bem como conhecer suas trajetórias históricas, suas manifestações nos diferentes segmentos sociais e os significados que lhes foram e continuam sendo atribuídos (NASCIMENTO, 2008). Portanto, no âmbito da educação formal, o professor de educação física deve deixar o papel de “instrutor” e assumir o papel de “mediador” do conteúdo de lutas. É responsabilidade da escola, alinhada a especificidade de Educação Física, promover a transformação pedagógica das L/AM/MEC, de modo a nortear a maneira como serão conservadas ou adaptadas para efeito de uma legitimidade legislativa. As experiências com os movimentos devem priorizar a exploração do repertório gestual, no lugar de uma instrumentalização técnica ou estritamente marcial. Além do oferecimento de conhecimentos procedimentais, a escola também pode eleger diferentes temas para discussão e exploração da natureza multidimensional das L/AM/MEC, assim como assentar sua prática pedagógica na articulação transversal com outras disciplinas (CORREIA, 2015).

Daniel Carreira Filho

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