A escola é um espaço que exige, há muito tempo, que os atores sociais que nela provocam a busca pelos saberes realizem ações de mediação do conhecimento envolvendo todos os componente curriculares, não é assim a multidisciplinaridade?
Pois bem, em um encontro com docentes que atuam na formação na Educação Superior deparamo-nos com afirmações do tipo:
Educação Física é muito melhor quando no contra turno escolar, pois os que gostam contam com mais oportunidades;
Como se oportunidades fossem seletivas e os alunos podessem ser dispensados em função do desinteresse?
Formar equipes representativas da Escola é um objetivo nobre e favorece o surgimento de novos talentos;
E os talentos para o surgimento de historiadores, escritores e outras tantas opções?
A Educação Física escolar, sinônimo de esporte, é, realmente, apenas para os que gostam;
Mas o não gostar se aplica apenas as questões da corporeidade?
Em outro momento, nos deparamos com o Projeto Político Pedagógico proposto pela instituição e nele encontramos diferentes propostas temáticas para discussão de metodologias de ensino para matemática, história, geografia, artes, língua portuguesa, língua estrangeira, ou seja, os componentes curriculares tidos e havidos como função formativa da escola. Notamos, uma vez mais a ausência dos componentes curriculares Filosofia, Sociologia e Educação Física. Fica, assim, reproduzido o modelo de aceitação das mediocridades vividas por estes atores em formação para menosprezarem estes componentes e a eles atribuir conceitos distantes da proposta para uma educação crítica, emancipatória e socialmente relevante.
Será que teremos uma formação que supere a visão equivocada, inclusive pela formação do pedagogo?
A pouca valorização da Educação Física nas escolas se dá por falta conhecimento. Assim como a Filosofia, Sociologia, entre outras.
O que sabem os diretores e responsáveis pela formação da grade escolar sobre esportes para fins educacionais? Esses mesmos diretores e professores que quando crianças pouco ou nada faziam nas aulas de Educação Física? Que não entendiam a importância da matéria ou que tiveram professores negligentes, que davam apenas queimada, futebol de salão e vôlei?
A história é longa e triste, mas está mudando aos poucos. Em algum momento, se descobrirá a importância da Educação Física na formação do homem.
Olá, Edison
Há uma luta encaminhada e conta com alguns professores que se dedicam, intensamente, à resignificação da Educação Físia no cotidiano escolar.
Este é, em nosso entendimento, nossa única e forte alternativa.
Bom tê-lo junto.