Em um encontro que ocorreu nesta semana pudemos dialogar (talvez fosse mais um monólogo de pensamentos convergentes) e perceber que boa parte dos presentes guardavam concordância com nossos apontamentos com o simples, porém altamente significativo, movimento de cabeças. Após esta vivência e rever o que “tagarelamos oficialmente” retorno aos questionamentos.
Vamos lá!!! Aceitam mais uma provocação? Espero que sim……
A aula é um encontro entre transformadores e não um momento de transferência de saberes unilateralmente produzidos.
O que é isso?? Estou maluco??? Pode ser que sim. Apresentamos em nossa fala alguns dos resultados expressos em artigo publicado pela Rebescolar de autoria dos professores Mauro Betti; Willer Soares Maffei; Marcos Roberto So e; Tatiana Zuardi Ushinohama, com o título:
“OS SABERES DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA PERSPECTIVA DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: o que aprendem e o que gostariam de aprender”.
Utilizamos parte do texto em que observamos significativa distância entre o que os alunos apontavam como possibilidades de apropriação de saberes da corporeidade em comparação com as propostas docentes. Chamou nossa atenção que os alunos e alunas estão abertos para a ampliação das oportunidades, a diferenciação de conteúdos e formas de apresentação das experiências.
Esta perspectiva confirma o que há muito se discutia em momentos de formação docente. O docente que oferece aos seus alunos e alunas apenas a oportunidade de apropriação da manifestação que ele, o professor, praticou, pratica e, até certo ponto, forma atletas. Não é verdade ou foi verdade?
Pergunto: que didática é essa que limita o saber dos alunos pelo interesse apenas do docente?
Você tem respostas?
Com certeza, dura , triste , porém total realidade o que ocorre. Alunos sem condições, governo inerte com relação a política educacional, profissionais cada vez mais descompromissados com a profissão que abraçaram.
Resultado é o caótico sistema educacional em que o Brasil se encontra .
Questão bem polêmica.
O Professor não dá aulas particulares e a classe é heterogênea. Assim, ele tem que dar aulas para a média da classe. Quem está na média se identifica com o Ensinamento. Quem está acima, fica entendiado. Quem está abaixo da média, pode não entender. E o Professor ajuda, na medida , do possível, os elementos fora da média.
Para saber o que os alunos querem, teremos que executar pesquisas, para saber a média das opiniões. E as aulas serão pautadas por ela.
E será que todos as alunos sabem o que querem? E o que eles querem é o que precisam? Não será necessário ter o que eles não sabem que precisam? Como aliar o que eles querem (ou pensam que querem) com o que precisam? Eis a questão.
Prezado Carlos Aragão
Conheço suas inserções no campo da atividade de ensinar, ainda que com foco em especificidades da informática a serviço dos humanos.
Realmente, no passado a aula foi definida para a média da classe e, no entanto, com o abando dos outleirs à sua própria sorte.
A aula, quando é para todos não estabelece limites gerais mas sim, e principalmente, metas diferenciadas para cada aprendiz.
Lembro-me, com prazer, do software de ensinar cálculos matemáticos que foi de sua criação.
Lá estava a preocupação com a individualidade do aprender. Em termos de corporeidade, as questões são, ainda mais intrigantes.
Cada ser humano ter corporeidades distintas e que se manifestam ao mesmo tempo e espaço. Não respeitar esta característica é, exatamente, fazer reproduzir macacos que imitam gestos. Mas, mesmo entre os macacos há a diversidade e criatividade presentes.
Abraços ao amigo.
Bom dia!
Talvez sair da zona de conforto?,
Ter a humildade pedagógica?
No qual o professor ensina e aprende com os alunos e vice versa
Mudar a metodologia de ensino?
Coloco aqui uma reflexão que li, achei interessante em compartilhar
“Um bom professor é aquele que procura interagir com os alunos,propondo uma maneira criativa e prazerosa,cultivando em cada criança o prazer pelo aprender”
(Maria do Carmo)