Educação Física Escolar e a pandemia: criatividade necessária

Em estudo realizado recentemente, 87% dos professores entrevistados afirmaram ter dificuldades significativas para realizarem as atividades de aprendizagem voltada aos seus alunos da Educação Básica. Tive a oportunidade de conhecer um professor que, em meio a tantas dificuldades, encontrou caminhos para motivar seus alunos, crianças do ensino fundamental séries iniciais, na direção de realizarem experiências de movimento em suas residências, sem a quadra, sem a bola comum, sem os times e com a imensa necessidade de movimento que é peculiar às crianças.

Todos os modelos organizados para as aulas presenciais não mais serviam para este momento. O componente curricular Educação Física difere, em muito, dos demais pares na formação de crianças e adolescentes. Então, qual o caminho a seguir? O que oferecer como desafios motores às crianças que, embora com liberdade, se encontram limitadas ao espaço do lar que, nem sempre, permite a realização de movimentos atrelados exclusivamente ao quarteto hegemônico (basquete, voleibol, handebol, futebol de salão).

Foi muito importante verificar que algumas páginas do facebook, lideradas por professores de Educação Física, deram início a uma enorme socialização de atividades possíveis, atraentes e condizentes com o meio do lar e das limitações impostas pelo isolamento social.

Parabéns aos professores que souberam mobilizar conhecimentos e oferecerem oportunidades de movimento de formas totalmente distintas das que viviam presencialmente. Principalmente no momento em que a individualização das oportunidades de movimento se demonstraram indispensáveis.

Possivelmente, quando voltarmos ao novo normal, estas experiências sirvam para transformar o componente curricular e a escola.

 

Daniel Carreira Filho

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