Cássio disse “não” ao Corinthians!

Foto: MARCOS BRINDICCI / AFP

O desabafo de Cássio assustou muita gente depois de mais uma derrota do Corinthians. Caiu no julgamento popular e foi condenado pela maioria. Na verdade, as palavras do goleiro precisam ser lidas nas entrelinhas. A explosão esconde um lado pessoal até agora oculto: Cássio disse “não”. Chega de ser o “muro das lamentações”; o “escudo” do grupo; de segurar as pontas de dirigentes que geraram uma crise política sem precedentes na agremiação.

Ele sempre chamou para si a responsabilidade. É praticamente o único a parar na Zona Mista depois dos jogos para dar satisfações a imprensa. Cássio cansou de dar explicações para coisas que não são da competência dele. A partir de agora, a situação será bem outra. Não tem lógica crucificá-lo em detrimento da maioria.

Que os responsáveis venham a público e se defendam. Fagner deve explicações porque tem levado tantos cartões amarelos. Rubão é outro a se esconder atrás do Gigante. Afinal manda ou não no departamento de futebol? Sem falar do presidente Augusto Melo, que ainda se preocupa com o resultado das eleições e com os inimigos políticos (leia-se o grupo de Andrés Sanchez).

Cássio é vítima de uma situação como tantos outros ídolos que passaram pela história corintiana. Rivellino, Marcelinho Carioca, Edílson, Carlitos Tevez, Paolo Guerreiro dentre outros que deixaram o Parque São Jorge pela porta dos fundos graças a exigência e violência de torcedores. Cássio não é vilão. É herói!

E tenho dito!