Calem-se, deu Corinthians!

Chico Lang celebra classificação corintiana (Foto: Arquivo pessoal)

Uma classificação épica. Entra para a história com o título “A Batalha de La Bombonera”. No tempo normal, 0 a 0. Na cobrança de pênalti, 6 a 5. Para a tristeza de palmeirenses, são-paulinos, santistas e de outros “antis”, o Corinthians eliminou o Boca Juniors, nesta terça-feira, em Buenos Aires, e passou para as Quartas de Final da Libertadores.

Vitória no estilo “sofrência”. Desfalcado, logo de cara a equipe do Mister Vitor Pereira perdeu João Vitor e Mantuan. Curiosamente os dois já estão negociados. Não bastasse isso, o Rafael Ramos levou um baile na lateral-direita e Cássio fez duas grandes defesas. Os bosteros estavam a mil por hora. Pênalti besta de Raul Gustavo. Benedetto bateu e a bola explodiu no poste esquerdo.

Ainda em contra-ataque, Lucas Piton escorregou jogador desceu livre e cruzou. Na hora de tirar 10, o hermano Zé Mané se assustou com o tamanho de Cássio, e chutou a bola no obelisco, no centro da cidade. Os donos da casa foram para o intervalo cabisbaixos. Sabiam ter entregado a paçoca no primeiro tempo.

Na etapa final, o ritmo foi outro. Argentinos cansaram. Ai, então, VP “matou” o adversário. Montou um estranho 4-3-3 com o que tinha em mãos. Faltou qualidade e experiência para quem entrou. Decisão foi para os pênaltis.

As encruzilhadas se iluminaram com velas, flores e com fé. Quem sabia, começou a rezar. Agora, a classificação estava nas luvas do Gigante. E ele não decepcionou. Pegou duas cobranças e outra de novo Benedetto mandou para o espaço. Coração corintiano parou nas cobranças erradas de Bruno Melo e Raul Gustavo.

Porém, voltaram a bater forte na cobrança de Gil, por ironia do destino, negro e brasileiro, para calar a boca dos nojentos argentinos, racistas até o fundo da alma. O zagueiro bateu no canto direito. Goleiro pegou, largou e Timão explodiu em festa.

Agora, o céu é o limite para o Corinthians do portuga. Os contundidos devem retornar. De repente, a equipe do Parque São Jorge, renasceu das cinzas, aliás como sempre. O fado virou samba. E o tango? Bem, com a palavra os fracassados bosteros.

E tenho dito!