Esse Palmeiras é “insegurável”

Palmeiras virou sobre o São Paulo no Morumbi (Foto: Divulgação/Cesar Greco)

Quando o folclórico presidente do Corinthians Vicente Matheus disse que Sócrates era “emprestável”, todos deram risada pelo neologismo. Nesta quarta-feira à noite no Morumbi, depois da virada do Palmeiras sobre o São Paulo por 2 a 1, arrisco afirmar ser o time do técnico Abel Ferreira, “insegurável”, com todo respeito à língua portuguesa.

O lusitano convalece de Covid. No banco estava o auxiliar. Mesmo assim, depois de levar 1a 0, o Verdão de “porco” virou “leão”. Esmagou o Tricolor no segundo tempo. Desta vez, precisou de benditos 5 minutos para fazer 2 a 1, gols de Gustavo Gomes e Murilo.

Rogerio perdeu o jogo quando colocou Miranda. O veterano falhou nos dois gols. Não se antecipou ao Gustavo Gomes e deixou o Murilo chutar como bem quis. Lembrou o Bambu, zagueiro corintiano, que deve ter saído de um filme de terror, desses de zumbis.

Outro erro de Ceni. Para quê sacar Calleri? Técnico não pode morrer abraçado com jogador. Ele estava segurando os dois zagueiros. Bastou sair, e o Verdão fez a virada com os dois beques que o argentino prendeu lá atrás enquanto esteve em campo. Deu moleza para o azar. Aí veio o Miranda, frio, lento, e a vaca foi para o brejo de vez.

Vitória histórica desse Palmeiras guerreiro, lutador, briguento, tático e técnico, com um elenco maleável. Entra um, sai outro e nada muda.

Onde vai chegar essa “caravela italiana”, guiada pelo “capitão” Ferreira?

E tenho dito!